Início
de atividades: Setembro de
2013
Discos
lançados: "Stay
Heavy" (EP - 2018)
Formação atual:
Kelly Hipólito - Vocais
Miguel Arruda - Guitarras
Aron Marmorato - Baixo
Murilo Deriggi - Bateria
Kelly Hipólito - Vocais
Miguel Arruda - Guitarras
Aron Marmorato - Baixo
Murilo Deriggi - Bateria
Cidade/Estado: Araraquara
e São Carlos - SP
MG: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?
Kelly Hipólito: A banda começou num misto de vontade e
liberdade.
Já estive em
banda durante muito tempo, sempre tocando cover, minhas composições ficavam de
lado. Queria ter uma banda que tivesse a minha cara, as minhas inspirações, que
fosse eu ali nas músicas e nada mais. A BLIXTEN já teve várias formações, e
sempre pareceu que a gente não tinha seu lugar definido na cena. A banda estava
escondida dentro da própria banda. Até encontrar os meninos que fazem parte da
formação de hoje. E está dando super certo, a BLIXTEN agora tem cara de BLIXTEN.
MG:
Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?
Kelly: Os contratantes são as maiores
dificuldades. Porque o público tá aí, sempre esteve.
Muitos não
querem dar uma ajuda de custo na viagem de uma banda que vem de fora, ficam
naquela de dar apenas uma porcentagem da entrada, ou querem te pagar com
bebida. Quem entra nessa vida de corpo e alma, sabe o quanto isso dói. Gastamos
dinheiro pra várias coisas, ensaios, figurino, instrumentos, aulas, gravações e
tantos outros detalhes que fazem a diferença. Aquele litrão que você oferece no
final do show não vai nos ajudar.
MG:
Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar
com regularidade? A estrutura é boa?
Kelly: Tem muita banda ótima, muito músico
sensacional.
A última vez
que tocamos em Araraquara foi em junho, na seletiva para o Araraquara Rock,
então não foi 100% um show, foi uma competição.
Tem um pessoal
por aqui que sempre está fazendo evento para as bandas tocarem, mas é sempre o
mesmo estilo, Hardcore (o que na verdade a maioria das bandas daqui são assim),
sempre que posso compareço para prestigiar as bandas dos amigos, mas no caso de
tocar, não dá pra enfiar ovo cozido no meio de sorvete, porque você sabe que
não vai dar certo.
Temos poucas
casas de shows com uma boa estrutura, não vou citar nomes.
Em São Carlos
precisamos tocar mais…
MG:
Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes
estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram
esse tipo de comentário?
Kelly: É um grande absurdo, talvez é porque o
pessoal esteja tão acostumado com os clássicos que esqueceram do novo. Já tive
essa visão pobre da cena, a BLIXTEN me proporcionou ver tudo isso de forma
diferente. Você não precisa repetir a mesma fórmula que uma banda que você
curte usou lá nos anos 80, esqueça isso, deu certo uma vez, e pronto, acabou.
Eu sou uma
grande fã de Twisted Sister, Anthrax, Dio e Warlock, aprendi muito com eles, e
tenho um pouco de cada deles na hora que eu canto, assim como os meninos tem o
deles na hora de tocar, mas quando a gente se junta pra criar, somos nós quatro
sendo apenas nós. Toda vez que subimos ao palco, mostramos que o Heavy Metal
não morreu, e nunca irá, ele apenas volta mais forte.
MG:
Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua
opinião?
Kelly: Aquilo que eu falei
anteriormente… Além dos contratantes, é o público parar de sentir falta dos
clássicos e ver que o novo também é sensacional, cheio de fúria, sua banda
clássica também foi uma banda nova se descobrindo.
MG:
Deixem sua mensagem final para os leitores.
Kelly: Permaneçam verdadeiros naquilo que
vocês acreditam.
Lute com toda
a garra, defendam aquilo que vocês praticam.
Stay heavy,
stay hard, stay true as steel!
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