Ano: 2018
Tipo: CD Duplo ao Vivo
Selo: Shinigami Records / earMUSIC
Nacional
Tracklist:
CD1:
1. Brutal
Planet
2. No More Mr.
Nice Guy
3. Under My
Wheels
4. Department
of Youth
5. Pain
6. Billion
Dollar Babies
7. The World
Needs Guts
8. Woman of
Mass Distraction
9. Poison
10. Halo of
Flies
CD2:
1. Feed My
Frankenstein
2. Cold Ethyl
3. Only Women
Bleed
4. Paranoiac
Personality
5. Ballad of Dwight
Fry
6. Killer / I
Love the Dead themes
7. I’m Eighteen
8. School’s Out
Banda:
Alice Cooper - Vocais
Nita Strauss - Guitarras, backing vocals
Tommy Henriksen
- Guitarras, backing vocals
Ryan Roxie -
Guitarras, backing vocals
Chuck Garric - Baixo, backing vocals
Glen Sobel - Bateria
Ficha Técnica:
Bob Ezrin - Mixagem
Justin Cortelyou - Mixagem
Robert Vosgien - Masterização
Contatos:
Site Oficial: http://www.alicecooper.com/
Facebook: https://www.facebook.com/AliceCooper/
Instagram: https://www.instagram.com/alicecooper/
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal Mark” Garcia
Um questionamento é feito por muitos: qual é o motivo real
de uma banda conseguir aglutinar novos e velhos fãs, enquanto as mais novas
sofrem para criar uma base de fãs para si?
Muitas são as respostas, mas talvez uma das mais contundentes
seja que o pessoal da antiga (não os “wannabes” dos últimos anos, mas os que
realmente são experientes) tem a mania de plugar instrumentos e fazer tudo da
forma mais artesanal possível, fugindo de bases programadas, samples e outros
recursos modernos. Nada contra quem segue o segundo caminho, mas o primeiro tem
seu “appeal” junto ao público. Por isso, um disco ao vivo como “A Paranormal Evening at the Olympia Paris”,
do lendário cantor norte americano ALICE
COOPER, tem um forte apelo. E como a Shinigami
Records não gosta de deixar os fãs do Brasil chupando dedo, o selo botou a
versão CD no mercado nacional, tornando-o acessível a todos.
Gravado em 07 de Dezembro de 2017 no The Olympia (Paria),
esse show é da turnê de divulgação do álbum “Paranormal”. E como já se sabe, nossa querida Titia nos brinda com
o bom e velho Hard Rock/Classic Rock de sempre, sem muitas delongas, com ótimas
melodias e refrães. E mostrando que não vive de seu passado como muitos,
existem canções de seu último disco, mas os velhos clássicos estão ali (óbvio
que nem todos, mas em uma carreira tão longa, seria necessário um quádruplo CD
ao vivo). Ou seja, é um disco ao vivo que serve de tutorial em termo de setlist,
energia, e uma aula de Rock, mostrando que um show da Titia Alice não se baseia
apenas no teatro visual, mas que a música é o mais importante.
Um dos pontos mais fortes do disco é justamente sua
qualidade sonora: forte, vigorosa e realmente transpirando o “feeling” ao vivo,
pois não se percebem infinitos “overdubs” ou edições digitais. É bem orgânico,
e se ouve a participação do público em vários momentos, algo que anda um tanto
quanto fora de moda por aí.
A arte é icônica: uma foto de Alice se maquiando, e a apresentação visual é em um formato duplo
digipak muito bonito, embora o trabalho gráfico seja extremamente simples em
termos de cores.
Apoiado por uma banda sólida (verdade seja dita: a qualidade
de som mostra que captação, mixagem e masterização foram levadas com muito
cuidado), a Titia de todos os fãs de Metal/Hard Rock mostra que está longe da
aposentadoria em um disco cheio de energia, uma aula de vibração, com canções
lindas e que embalam gerações.
No disco 1, clássicos eternos como “No More Mr. Nice Guy” (uma aula de como a ironia e o Rock dão as
mãos, embalada por guitarras de primeira e uma aula nos vocais), “Under My Wheels” (outra canção
extremamente empolgante, com refrão marcante e vocais muito bons),“Billion Dollar Babies” (muita energia,
como sempre, e uma aula de baixo e bateria) e “Poison” (um dos maiores sucessos comerciais da Titia, e esta
versão ganhou um toque de crueza muito bom, com o público cantando junto) surgem
ao lado de pancadas como “Brutal
Planet” (uma canção peso-pesado, esbanjando guitarras distorcidas em
seu feeling mais introspectivo), “The
World Needs Guts” (pegada mais pesada e ganchuda, do tipo que não se consegue
ficar parado quando é tocada), “Woman of
Mass Destruction” (10, nota 10) e “Halos
of Flies” (uma canção mais amena, mais ainda assim cheia de empolgação).
No disco 2, temos a novata e arrastada “Paranoiac Personality”, vinda de “Paranormal” (que pega bem o
espírito mais profundo e sinistro do trabalho de Alice), que dá o toque
do novo que vem contrastar velhas favoritas como “Feed My Frankenstein”
(outro peso-pesado, mostrando uma energia enorme), “Cold Ethyl” (outra canção
grudenta, um Hard ‘n’ Roll de qualidade e com ótimas guitarras), o romance com
aura de horror de “Only Women Bleed”. Agora, em shows de Alice,
seria um pecado a ausência de seus maiores clássicos de todos os tempos, “I’m
Eighteen” e “School’s Out” (aqui em uma versão mais longa, com muita
participação do público presente).
O único porém de “A Paranormal Evening at the Olympia Paris”:
poderia ter 20, 30, 40 músicas, pois um show de ALICE COOPER é uma experiência de uma vida.
Um dos grandes discos ao vivo do ano, sem dúvidas!
Nota: 100%
Ballad Of
Dwight Fry: https://www.youtube.com/watch?v=E8VfVaZcKT4
Spotify
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