terça-feira, 27 de novembro de 2018

ALICE COOPER - A Paranormal Evening at the Olympia Paris


Ano: 2018
Tipo: CD Duplo ao Vivo
Nacional


Tracklist:

CD1:

1. Brutal Planet
2. No More Mr. Nice Guy
3. Under My Wheels
4. Department of Youth
5. Pain
6. Billion Dollar Babies
7. The World Needs Guts
8. Woman of Mass Distraction
9. Poison
10. Halo of Flies

CD2:

1. Feed My Frankenstein
2. Cold Ethyl
3. Only Women Bleed
4. Paranoiac Personality
5. Ballad of Dwight Fry
6. Killer / I Love the Dead themes
7. I’m Eighteen
8. School’s Out


Banda:


Alice Cooper - Vocais
Nita Strauss - Guitarras, backing vocals
Tommy Henriksen - Guitarras, backing vocals
Ryan Roxie - Guitarras, backing vocals
Chuck Garric - Baixo, backing vocals
Glen Sobel - Bateria


Ficha Técnica:

Bob Ezrin - Mixagem
Justin Cortelyou - Mixagem
Robert Vosgien - Masterização


Contatos:

Assessoria:
E-mail:

Texto: “Metal Mark” Garcia


Um questionamento é feito por muitos: qual é o motivo real de uma banda conseguir aglutinar novos e velhos fãs, enquanto as mais novas sofrem para criar uma base de fãs para si?

Muitas são as respostas, mas talvez uma das mais contundentes seja que o pessoal da antiga (não os “wannabes” dos últimos anos, mas os que realmente são experientes) tem a mania de plugar instrumentos e fazer tudo da forma mais artesanal possível, fugindo de bases programadas, samples e outros recursos modernos. Nada contra quem segue o segundo caminho, mas o primeiro tem seu “appeal” junto ao público. Por isso, um disco ao vivo como “A Paranormal Evening at the Olympia Paris”, do lendário cantor norte americano ALICE COOPER, tem um forte apelo. E como a Shinigami Records não gosta de deixar os fãs do Brasil chupando dedo, o selo botou a versão CD no mercado nacional, tornando-o acessível a todos.

Gravado em 07 de Dezembro de 2017 no The Olympia (Paria), esse show é da turnê de divulgação do álbum “Paranormal”. E como já se sabe, nossa querida Titia nos brinda com o bom e velho Hard Rock/Classic Rock de sempre, sem muitas delongas, com ótimas melodias e refrães. E mostrando que não vive de seu passado como muitos, existem canções de seu último disco, mas os velhos clássicos estão ali (óbvio que nem todos, mas em uma carreira tão longa, seria necessário um quádruplo CD ao vivo). Ou seja, é um disco ao vivo que serve de tutorial em termo de setlist, energia, e uma aula de Rock, mostrando que um show da Titia Alice não se baseia apenas no teatro visual, mas que a música é o mais importante.

Um dos pontos mais fortes do disco é justamente sua qualidade sonora: forte, vigorosa e realmente transpirando o “feeling” ao vivo, pois não se percebem infinitos “overdubs” ou edições digitais. É bem orgânico, e se ouve a participação do público em vários momentos, algo que anda um tanto quanto fora de moda por aí.

A arte é icônica: uma foto de Alice se maquiando, e a apresentação visual é em um formato duplo digipak muito bonito, embora o trabalho gráfico seja extremamente simples em termos de cores.

Apoiado por uma banda sólida (verdade seja dita: a qualidade de som mostra que captação, mixagem e masterização foram levadas com muito cuidado), a Titia de todos os fãs de Metal/Hard Rock mostra que está longe da aposentadoria em um disco cheio de energia, uma aula de vibração, com canções lindas e que embalam gerações.

No disco 1, clássicos eternos como “No More Mr. Nice Guy” (uma aula de como a ironia e o Rock dão as mãos, embalada por guitarras de primeira e uma aula nos vocais), “Under My Wheels” (outra canção extremamente empolgante, com refrão marcante e vocais muito bons),“Billion Dollar Babies” (muita energia, como sempre, e uma aula de baixo e bateria) e “Poison” (um dos maiores sucessos comerciais da Titia, e esta versão ganhou um toque de crueza muito bom, com o público cantando junto) surgem ao lado de pancadas como Brutal Planet” (uma canção peso-pesado, esbanjando guitarras distorcidas em seu feeling mais introspectivo), “The World Needs Guts” (pegada mais pesada e ganchuda, do tipo que não se consegue ficar parado quando é tocada), “Woman of Mass Destruction” (10, nota 10) e “Halos of Flies” (uma canção mais amena, mais ainda assim cheia de empolgação).

No disco 2, temos a novata e arrastada Paranoiac Personality”, vinda de “Paranormal” (que pega bem o espírito mais profundo e sinistro do trabalho de Alice), que dá o toque do novo que vem contrastar velhas favoritas como “Feed My Frankenstein” (outro peso-pesado, mostrando uma energia enorme), “Cold Ethyl” (outra canção grudenta, um Hard ‘n’ Roll de qualidade e com ótimas guitarras), o romance com aura de horror de “Only Women Bleed”. Agora, em shows de Alice, seria um pecado a ausência de seus maiores clássicos de todos os tempos, “I’m Eighteen” e “School’s Out” (aqui em uma versão mais longa, com muita participação do público presente).

O único porém de “A Paranormal Evening at the Olympia Paris”: poderia ter 20, 30, 40 músicas, pois um show de ALICE COOPER é uma experiência de uma vida.

Um dos grandes discos ao vivo do ano, sem dúvidas!


Nota: 100%






Spotify


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