sexta-feira, 30 de novembro de 2018

BLIND GUARDIAN - The Tides of War / Live at Rock Hard Festival 2016


Ano: 2018
Tipo: Extended Play (EP)
Selo: Rock Hard
Importado


Tracklist:

1. The Tides of War
2. Lord of the Rings (live)
3. Journey Through the Dark (live)
4. Majesty (live)
5. The Bard’s Song - In the Forest (live)
6. Valhalla (live)


Banda:


Hansi Kürsch - Vocais
André Olbrich - Guitarra solo
Marcus Siepen - Guitarra base
Frederik Ehmke - Bateria nas canções ao vivo
Thomen Stauch - Bateria em “The Tides of War”


Ficha Técnica:

Andreas Marschall - Arte da capa
Charlie Bauerfeind - Produção em “The Tides of War”, mixagem
Wolfgang Eller - Masterização
Matthias Ulmer - Teclados em “The Tides of War”
Oliver Holzwarth - Baixo em “The Tides of War”
Billy King - Backing vocals em “The Tides of War”
Olaf Senkbeil - Backing vocals em “The Tides of War”
Hacky Hackmann - Backing vocals em “The Tides of War”
Barend Courbois - Baixo, backing vocals nas canções ao vivo
Michael Schüren - Teclados, backing vocals nas canções ao vivo


Contatos:

Assessoria:
E-mail:

Texto: “Metal Mark” Garcia


O lançamento de EPs, em geral, é uma tradição dentro da indústria musical, e o Metal não fica de fora dela. Em geral, eles eram lançados precedendo a chegada de um álbum em poucos dias, para divulgar o mesmo; hoje em dia, podem ser lançados em qualquer situação/momento, e uma estratégia (muito usada atualmente) visa saciar os fãs ávidos por material novo e fresco. Este último caso parecer ser onde podemos encaixar “The Tides of War / Live at Rock Hard Festival 2016”, lançado pelo BLIND GUARDIAN há alguns meses.

Este EP de seis canções nos brinda com uma canção inédita e cinco versões ao vivo de velhos clássicos do grupo, gravados no Rock Hard Festival de 2016, onde a banda se apresentou no dia 15 de Maio. Nelas, pouco precisa ser falado: a precisão e força do grupo continuam os mesmos de sempre, com muita garra e bem captadas. O que se percebe, como sempre, é que bem pouco do que fazem no estúdio é perdido ao vivo, mas ganham pela energia de uma apresentação diante dos fãs.

Assim, nos atenhamos ao “filé mignon” do disco, a inédita “The Tides of War”.

Estilisticamente, o mesmo Heavy/Power Metal germânico de sempre nos é apresentado, sempre com o talento ímpar do quarteto. A diferença que o trabalho do grupo parece mais agressivo, mostrando a versatilidade do grupo. Ela lembra algo de “Imaginations from the Other Side”, ou seja, pesado e levemente mais direto (mais ainda assim grandioso em termos de orquestrações) do que os fãs se acostumaram da fase posterior à “Nightfall in the Middle-Earth”. Se não for uma “rough mix” ou versão ainda não muito polida, isso nos mostra que a banda parece estar buscando algo diferente, mas ainda mantendo sua personalidade musical.

Claro, limpo e bem definido são atributos que são apresentados na qualidade sonora, embora bem pesado. Mas é algo ao qual a banda já acostumou os ouvintes. A timbragem não é muito diferente do que eles fazem há anos, mesmo porque já fazem parte do conjunto de características bem definidas do BLIND GUARDIAN. Nas canções ao vivo, graças à captação bem feita, se compreende o que é tocado sem problemas, e a mixagem e masterização deram um brilho elegante a elas, embora distantes do nível que se ouve em “Live Beyond the Spheres”.

“The Tides of War” é uma canção grandiosa e bem feita, com um andamento que varia entre momentos mais cadenciados e melodiosos (especialmente o refrão), cheia das famosas intervenções de solos de guitarra sob os vocais. Na realidade, esta canção foi escrita para fazer parte de “Nightfall in the Middle-Earth” (basta olhar as letras que isso fica bem claro, pois temos o desembarque do rei-elfo dos Noldor Feänor em Beleriand, em sua caça a Morgoth em busca das Silmarils, o que é narrado em “O Silmarillion”), mas que somente agora foi gravada. Talvez seja este o motivo dela soar mais seca e agressiva.

Nas canções ao vivo, temos versões para “Lord of the Rings” (o público participa bastante, cantando e batendo palmas), “Journey Through the Dark”, “Majesty” (um dos clássicos do grupo), “The Bard’s Song - In the Forest”, e a icônica “Valhalla” (nenhum show da banda está completo sem que ela seja tocada), e embora soem como “encheção de lingüiça”, são ótimas, embora nada essencial.

No mais, “The Tides of War / Live at Rock Hard Festival 2016 pode estar anunciando material novo para 2019, e esperamos para ver os que os bardos germânicos do BLIND GUARDIAN vão mostrar. E até lá, este EP serve para aplacar a ansiedade de muitos.

Nota: 82%


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