Ano: 2018
Tipo: Full
Length
Selo: Frontiers Music SRL
Importado
Tracklist:
1. Holding On
2. Nothing to Lose
3. Different State of Mind
4. Never Too Late
5. All We Need is Faith
6. Miracle
7. Christina
8. Straight to the Top
9. Love Will Never Die
10. Still Believe in You
11. City Lights
12. Desperately Lovin’
13. A Better Way
14. Straight to the Top (versão acústica)
Banda:
Robin Jidhed - Vocais
Andreas Gullstrand - Guitarra solo
Fredrik Joakimsson - Guitarra base
Gustaf Örsta - Baixo
Joel Rönning - Teclados
Arvid Filipsson - Bateria
Ficha Técnica:
Erik Wiss - Produção
Contatos:
Site Oficial: http://www.creyesweden.com/
Facebook: https://www.facebook.com/creyesweden/
Instagram: https://www.instagram.com/creyesweden
Assessoria:
E-mail: creyesweden@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Há 30 e poucos anos atrás, o mundo fora conquistado
pelo Rock. Era o estilo mais popular e mais ouvido pelos quatro cantos da Terra,
mas poucos têm a percepção de que este sucesso comercial se dava graças ao AOR,
um estilo caracterizado pelas melodias de fácil assimilação, refrães
estrategicamente simples de se gravar (e cantar), e onde a força principal não
residia apenas nas guitarras, mas no fato de que estas dividiam as atenções nos arranjos com os teclados. Era algo
tão simples de se fazer e com resultados rápidos que muitas bandas de Hard/Glam
Metal usaram de elementos de AOR para construir seus discos. Hoje, o estilo tem
sua popularidade diminuída por estar ausente do mercado norte-americano, mas
para uma sorte de todos nós, a Suécia virou o porto seguro do gênero e nos
revela bandas de excelente qualidade, como o CREYE, sexteto da cidade de Malmö, que chega com seu primeiro
álbum, “Creye”, lançado pela Frontiers Music SRL.
Pode-se dizer que o grupo foca seus esforços em criar um
trabalho que transita entre o AOR e o Pop Rock dos anos 80, ou seja, existe um
feeling saudosista evidente. Mas não soa datado, muito pelo contrário: o
sexteto soube dar uma roupagem atual ao estilo que é envolvente. Fora isso, se
preparem, pois não há um simples momentos nesse disco inteiro que não seja
ganchudo, que não fique em nossas mentes por semanas a fio. Além disso, é
preciso deixar claro que o grupo apresenta um bom nível técnico em suas
canções, mas o foco é mesmo em criar excelentes melodias fáceis de assimilar,
refrães grandiosos e desencadeiam uma energia abusivamente grudenta!
Sim, o CREYE
mostra que veio para ficar!
Erik Wiss trabalhou na
produção de “Creye”, e ele soube como trazer o trabalho musical do
sexteto para a atualidade, sem descaracterizar o feeling “retro” que eles
carregam. Além disso, a sonoridade é cristalina, limpa e com tudo soando em
seus devidos lugares (ou seja, nada dos teclados sobrepondo as guitarras, como
muitos discos de AOR teimam em fazer), com timbres bem definidos e modernos,
além de uma dose de peso que só faz bem ao trabalho do grupo.
Guitarras melodiosas com
riffs ganchudos (e solos muito bem feitos), base rítmica sólida e com peso,
teclados criando ambientações perfeitas, vocais afiados (que lembram um pouco C.
J. Snare em alguns momentos), e uma capacidade de criar arranjos que
seduzem o ouvinte como um beijo da pessoa amada da juventude em um primeiro
encontro. Mas ao mesmo tempo, há momentos poderosos que conquistam os ouvintes,
mesmo que não sejam fãs de Rock.
É um disco que não tem melhores momentos. Todas as
canções são excelentes, em um nível musical absurdo, mesmo não sendo algo que
nunca tenhamos ouvido antes em termos de estilo. Mas “Holding On” (uma típica faixa de abertura poderosa e que gruda nos
ouvidos, com um refrão absurdamente simples de gostar e cantar junto, tudo sobre
uma base rítmica perfeita, e ótimas partes de teclados), a solidez de “Nothing to Lose” (com um ritmo um
pouco mais lento, mas aquela pesada mais pesada, novamente mostrando arranjos
precisos de teclados e vocais nas mudanças de ritmo), as pegajosas “Different State of Mind” (descaradamente
uma mistura de Pop Rock e AOR, mas em uma mistura bem equilibrada e acessível, outra
com refrão marcante e com uma energia incrível) e “All We Need is Faith” (onde temos algo um pouco mais pesado, e com
maior ênfase nas guitarras, sem que a essência AOR seja descaracterizada), a
descaradamente Pop Rock “Miracle”, as
refinadas orquestrações de teclados exibidas na deliciosa “Christina” (mas é bom repararem como as guitarras estão ótimas), a
ambientação melodiosa perfeita criada por vocais e backing vocals em “Straight to the Top”, a paulada AOR “Still Believe in You” (pesada e
grudenta, e com um trabalho muito bom de baixo e bateria), e a “pondo a casa
abaixo” “City Lights” (outra cheia
de energia e uma porretada). E como faixa bonus, ainda temos a linda versão
acústica para “Straight to the Top”.
E é de deixar os olhos cheios de lágrimas ter que deixar alguma das outras
canções de fora, pois o peso, as melodias, os refrães... Tudo nesse disco é
meticulosamente composto para ser grudento, e assim, nos proporcionar prazer.
Dizer que “Creye”
é um forte candidato ao Top10 do ano não chega a ser um pecado. É uma
obrigação!
Holding On: https://www.youtube.com/watch?v=4JBQcomI_Hs
Different State of Mind: https://www.youtube.com/watch?v=kTjNT1Uus0A
Christina: https://www.youtube.com/watch?v=_G4sPzSKEQg
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