terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

BURN INCORPORATED - Supernova

Ano: 2018 
Tipo: Extended Play (EP) 
Selo: Independente 
Nacional



















Tracklist: 

1. Hate
2. Lonely
3. Until My End
4. Supernova


Banda: 


Hariel Davela - Vocais
Gabriel Alonso - Guitarras
Raphael Alonso - Baixo
Vincenzo Nuciteli - Bateria


Ficha Técnica:


Contatos:

Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/BurnInc
Instagram: https://www.instagram.com/burnincorporated
Assessoria: http://roadie-metal.com/press/burn-incorporated/ (Roadie Metal Press)
E-mail: burnbanda@gmail.com


Texto: “Metal Mark” Garcia



Introdução: De alguns anos para cá, bandas com cada vez menos idade têm gravado cedo seus primeiros registros. Muitos, inclusive, chegam ao primeiro disco antes de um ano de formação, o que (em muitos casos) pode pegar a banda ainda sem a necessária maturidade. O quarteto BURN INCORPORATED (para os mais íntimos, BURN, INC.), de Monte Alto (SP), que nos mostra o que pode em seu EP “Supernova”.

Análise geral: Basicamente, o grupo transita entre o Classic Rock e o Metal tradicional (com um enfoque mais moderno) e adicionando à sua música toques de Prog Metal, algo que já tem alguns representantes por aí. Mas mesmo assim, a banda mostra que tem personalidade e vem para somar, para contribuir com sua música bem feita, melódica e que fala diretamente ao coração dos ouvintes.

Arranjos/composições: Se por um lado o quarteto não chega a ser minimalista em termos de detalhes, preferindo soar com peso e envolvente a se perder em mostras de auto-indulgência musical, por outro mostra uma técnica instrumental muito boa. Ótimos arranjos de guitarras, com baixo e bateria mostrando boa técnica na condução dos ritmos, bons vocais (que precisam trabalhar um pouco mais os timbres agressivos, já que nos momentos limpos são ótimos, como fica evidente em “Until My End”). Os arranjos são ótimos assim como as linhas melódicas, e o quarteto tem enorme potencial, só precisam acertar as arestas (coisas que shows e ensaios farão).

Qualidade sonora: A qualidade sonora de “Supernova” é muito boa, clara e pesada nas medidas corretas (como os momentos mais suaves e melodiosos transparecem). Óbvio que a crueza das partes pesadas poderia ser menor, pois a agressividade já flui das canções. Aliás, uma timbragem um pouquinho mais burilada poderia ajudar bastante no próximo trabalho. Não é que esteja ruim (como dito acima, o trabalho em termos de produção está muito bom), mas pode ser melhor, a música deles pede isso.

Arte gráfica/capa: O aspecto visual ficou excelente, caprichado e muito bonito, com uma arte que dá a clara impressão de algo “quente” a quem a olha em seus detalhes. Muito bonito, verdade seja dita.

Destaques musicais: “Supernova” é composto de quatro músicas, cada uma delas com seus méritos próprios:

“Hate”: Como o nome da canção deixa claro, o quarteto apresenta uma “vibe” mais agressiva e seca, embora adornada com arranjos bem feitos das guitarras. O andamento em si não é veloz ou lento, e permite que o ouvinte compreenda a canção (que pode ser assimilada facilmente, sem grandes esforços).

“Lonely”: Ainda com o jeito Heavy Metal/Classic Rock que lhes é característico, o lado mais melodioso e mesmo acessível de sua música fica evidenciado. É uma canção sólida, bem feita e que se agarra aos ouvidos (especialmente por conta do refrão). E o trabalho de baixo e bateria se destaca bastante pelas conduções.

“Until My End”: Essa é o que podemos dizer feita de “contrastes de luz e sombra”, ou seja, existem partes limpas e introspectivas (com ótimas melodias e os vocais limpos são ótimos), e outras que são mais pesadas, mesmo sem quebrar a noção de amenidade.

“Supernova”: Uma canção instrumental, bem feita e com ótimas melodias, com uma boa exibição de cada instrumento musical, tudo nas medidas para não que ela não se torne uma “egotrip” chata aos ouvintes. Longe disso, talvez seja o melhor momento do EP (sem desconsiderar os vocais).

Conclusão: Se de um lado o BURN INCORPORATED ainda precisa de mais amadurecimento, é indiscutível seu talento e espontaneidade. Acertando tudo isso, ninguém os segura, pois é isso que “Supernova” mostra aos ouvintes.


Nota: 80%








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