Ano: 2019
Tipo: 2CD+DVD
Nacional
Tracklist:
Disco 1 (DVD):
Parte 1 - Accept:
1. Die by the Sword
2. Restless and Wild
3. Koolaid
4. Pandemic
5. Final Journey
Parte 2 - Headbanger’s Symphony:
6. Night on Bald Mountain
7. Scherzo
8. Romeo and Juliet
9. Pathétique
10. Fouble Cello Concerto in G Minor
11. Symphony No. 40 in G Minor
Parte 3: Accept with Orchestra:
12. Princess of the Dawn
13. Stalingrad
14. Dark Side of My Heart
15. Breaker
16. Shadow Soldiers
17. Dying Breed
18. Fast as a Shark
19. Metal Heart
20. Teutonic Terror
21. Balls to the Wall
22. Making of: Wacken
23. Making of: Headbanger’s Symphony
Disco 2 (CD):
1. Die by the Sword
2. Restless and Wild
3. Koolaid
4. Pandemic
5. Final Journey
6. Night on Bald Mountain
7. Scherzo
8. Romeo and Juliet
9. Pathétique
10. Double Cello Concerto in G Minor
11. Symphony No. 40 in G Minor
Disc 3 (CD):
1. Princess of the Dawn
2. Stalingrad
3. Dark Side of My Heart
4. Breaker
5. Shadow Soldiers
6. Dying Breed
7. Fast as a Shark
8. Metal Heart
9. Teutonic Terror
10. Balls to the Wall
Banda:
Mark Tornillo - Vocais
Wolf Hoffmann - Guitarras, guitarras em “Headbanger’s
Symphony”
Uwe Lulis -
Guitarras
Peter Baltes
- Baixo
Christopher Williams - Bateria, bateria em “Headbanger’s
Symphony”
Ficha Técnica:
Phillip Shouse - Guitarras em “Headbanger’s Symphony”
Daniel Silvestri - Baixo em “Headbanger’s Symphony”
Melo Mafali -
Teclados em “Headbanger’s Symphony”, arranjos orquestrais
Czech National Symphony - Orquestra em “Headbanger’s
Symphony” e “Accept with Orchestra”
Miguel
Augusto - Gravação
Péter Sallay
- Arte da capa
Kerstin
Winkle - Artwork, layout
Contatos:
Site Oficial:
http://www.acceptworldwide.com/
Facebook: https://www.facebook.com/accepttheband/
Instagram:
https://www.instagram.com/acceptworldwide/
Assessoria:
E-mail:
Introdução: “Uma tradição de muitos anos dentro do
Metal” é uma ótima definição usada para se falar de discos ao vivo. Pode-se dizer
que, inclusive, são quase que um vestibular, pois para muitos, um disco ao vivo
malfeito ou com uma performance ruim pode jogar fora todo o trabalho de qualquer grupo. Mas quando o nome do quinteto germânico ACCEPT é citado, fica óbvio que este teste para eles é sempre
motivo de alegrias para os fãs. E fugindo um pouco do esquema tradicional, eles
lançaram “Symphonic Terror - Live at Wacken 2017”, que acabou se sair no
Brasil graças aos esforços conjuntos da Shinigami
Records e da Nuclear Blast Brasil.
Análise geral: O grupo resolveu fazer algo diferente do usual em termos de discos ao vivo, e mesmo daqueles em que existe uma orquestra com a banda. O
show tem 3 partes distintas: a primeira é o comum, ou seja, só a banda tocando suas canções; a segunda é instrumental e neoclássica (basicamente, algum material
do disco solo do guitarrista Wolf de
2016, “Headbangers Symphony”; e uma inédita; e ele é acompanhado pela
Orquestra Nacional da República Tcheca,
ou Czech National Symphony, e alguns
músicos que gravaram seu disco solo), e a terceira onde o quinteto toca alguns
de seus clássicos juntamente com a referida orquestra.
O show foi
gravado em 3 de Agosto de 2017 no Wacken
Open Air festival, diante de 80000 fãs, sem mencionar os que acompanharam
via live stream na época.
O estilo do
grupo, como todos já sabem, está consolidado nesses mais de 50 anos de
atividade (levando em conta o período em que o grupo era chamado Band X): o bom e velho Heavy Metal
melodioso e pesado, com ótimas melodias, corais e backing vocals bem
encaixados, ótimo nível técnico, uma energia absurda, tudo focado em guitarras
insanas (riffs ganchudoso e solos melodiosos), base rítmica sólida (baixo e
bateria com ótima técnica e precisão absurda, e uma pena que este é o último
trabalho da banda com o baixista Peter Baltes),
e vocais agressivos de primeira. Mas a diferença é: tem a personalidade que
moldou o Metal germânico de tal forma que o termo é quase sinônimo de ACCEPT, sem contar que influenciou
totalmente o Power Metal e o Speed Metal (e talvez o Thrash Metal).
“Aovivabilidade”: A verdade é que aquilo que se captou na época e o que se tem nesse lançamento é idêntica. Sim, aparentemente não existem muitos acertos de estúdio “Symphonic Terror - Live at Wacken 2017”. Tudo é de alto nível, mas em termos de captação, ou seja, áudio e vídeo são apresentados como o foram no dia.
Qualidade sonora/visual: Chega a ser quase uma heresia ter que
falar desse aspecto. Tudo está perfeito, com takes ótimos das câmeras e a
captação ficou excelente (a qualidade das imagens é absurda); e o som não fica
atrás, inclusive com a participação entusiasmada do público presente. Mais um
pouco e a sensação seria de que o fã estaria lá!
Peter Baltes e Wolf Hoffmann |
Setlist: é outro ponto excelente do álbum, pois o grupo soube escolher bem quais as canções que seriam apresentadas e em qual momento. Por isso, na primeira parte, apenas com o quinteto, deram mais ênfase na fase mais atual.
Óbvio que faltaram alguns clássicos, mas se fossem relacionados aqui, o leitor teria a clara percepção que o ACCEPT teria que fazer um show de 4 horas, e isso para começar!
Destaques musicais/vídeos: Enquanto muitos veteranos estão dando
sinais evidentes de cansaço (e que a aposentadoria merecida está próxima), o ACCEPT está vivendo o melhor e mais
criativo momento de sua carreira, esbanjando vontade, energia e juventude. Além
disso, na primeira parte do show, eles focam bastante na fase em que Mark faz os vocais (das cinco, somente “Restless
and Wild” não o é), e duas vieram do mais recente da banda da época (o
ótimo “The Rise of Chaos”).
Da primeira
parte, “Accept”, não tem como não ficar arrepiado e de olhos
arregalados pela energia e performance do quinteto em “Die by the Sword” (desce
a cortina, e o quinteto desce a marreta, com muita movimentação e o público os
recebendo como heróis), a clássica “Restless and Wild” (80000 pessoas
batendo palmas ao mesmo tempo é algo incrível), os hits “Koolaid” (canção mais
amena, com aquela energia crua germânica que só o quinteto tem) e “Pandemic”
(a atitude da banda no palco mostra uma espontaneidade que anda escassa nos
gigantes nos tempos atuais), e a ótima “Final Journey”.
“Headbanger’s Symphony” vem em seguida. Com um “set” todo instrumental,
a presença da orquestra enriquece o show, mostrando a força do disco solo de Wolf, que diferente de muitos que
seguem uma linha mais Barroca quando fazem trabalhos dessa forma, preferiu algo
mais voltado ao Romantismo. E longe de ser entediante e/ou cansativo, não dá
para despregar os olhos e ouvidos!
E se percebe
na beleza de “Night on Bald Mountain” (adaptação de uma obra do compositor
russo Modest Mussorgsky de mesmo
nome), “Scherzo” (outra adaptação, dessa vez da “9ª. Sinfonia” de Beethoven), “Pathétique” (também de Beethoven,
escrita originalmente para piano), “Fouble Cello Concerto in G Minor”
(que no disco é “Double Cello Concerto in G Minor”, mas que ganhou algo
diferente, e cuja base é “Concerto Para Dois Violoncelos em G Menor”,
de Vivaldi), e “Symphony No. 40 in G Minor”
(que vem de da sinfonia de mesmo nome de Mozart),
além das novas “Romeo and Juliet” o quanto os elementos de música clássica
fazem parte do Heavy Metal como um todo, especialmente para quem achava que
aquele “insert” clássico de “Metal Heart” era obra do acaso ou
plágio. Depois disso, talvez alguns dos guitarristas do chamado Neoclássico no
Metal entendam que técnica e velocidade não são tudo, e Wolf é um excelente professor.
Aqui, a coisa
fica ainda melhor, pois velhos clássicos como “Princess of the Dawn” (os
arranjos orquestrais ficaram perfeitos sobre as bases de guitarra, e com o
público cantando o refrão com a banda), “Breaker” (que foi recuperada, após
anos de desuso, pois não foi registrada em discos da atual fase do grupo, onde
as cordas da orquestras se encaixam como uma luva), o eterno hino “Fast
as a Shark” (já de noite, com muita pirotecnia, uma energia selvagem e
o público cantando a introdução com muita vontade), a clássica “Metal
Heart” (quem diria que 20 anos depois seria tão idolatrada, pois na
época do lançamento do disco, foi considerada um fiasco, e embelezada pela
orquestra, sua natureza clássica aflora de vez, o que se percebe claramente
durante o solo de guitarra), junto com as recentes “Stalingrad” (que ganhou
uma aura elegante, especialmente em seu início), “Dark Side of My Heart”
(impossível não agitar em casa, pois as melodias grudam nos ouvidos, com vocais
e backing vocals perfeitos), “Shadow Soldiers” (um jeitão mais
cadenciado e melodioso envolvente), “Dying Breed” (agressividade e
melodia na medida certa, com uma base rítmica sólida que permite que a
participação da orquestra dê aquele brilho especial á ela), e “Teutonic
Terror” (a canção que ressuscitou a banda após anos inativa, e que se
tornou um de seus hits). E nenhum grande show do ACCEPT (talvez nenhum show, melhor dizendo) estaria completo sem “Balls
to the Wall”, maior hit do quinteto de todos os tempos (essa repaginada
com a atual formação ficou perfeita, e a participação de sopros e cordas só
lapidou o que já era perfeito).
Para os que
gostam de ouvir um disco sem se prenderem ao vídeo, temos o mesmo “setlist”
distribuído em dois CDs, logo, poderão ouvir no carro, na casa dos amigos, no
trabalho, enfim, onde bem desejarem.
No DVD, ainda
se tem “Making of: Wacken”, onde é mostrado o anúncio do show à
imprensa e os planos da gravação de um disco ao vivo, bem como a explicação do
que seria o evento, cenas do quinteto ensaiando com a orquestra (com muitas
partes bem divertidas), a chegada da turma ao backstage do Wacken e a preparação de tudo por lá, os testes da iluminação e
efeitos especiais, o assédio á banda por membros da equipe do festival, a
entrada e a saída deles do palco, enfim, muitos extras que são preciosos.
Fechando, o “Making
of: Headbanger’s Symphony” mostra o árduo trabalho de se montar toda a
estrutura para este show, com depoimentos de Wolf sobre como a música Clássica faz parte de sua música. E tudo
entremeado com cenas do show e outras. Sempre bem divertido e informativo.
Conclusão: Como dito antes, enquanto muitos
gigantes da mesma época deles já dão sinais de cansaço, o ACCEPT mostra que está vivendo um excelente momento, que ainda tem
muito a contribuir ao cenário mundial.
Encerrando, “Symphonic
Terror - Live at Wacken 2017” corrobora a frase do caríssimo e querido
amigo/irmão Ricardo Batalha (da Roadie Crew): se você gosta de Metal,
gosta de ACCEPT. Sem mais!
Nota: +100%
Symphony No.
40 in G Minor:
Breaker:
Shadow
Soldiers:
Balls to the
Wall:
Spotify
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