Ano: 2019
Tipo: Full Length
Nacional
Tracklist:
1. Return from the Wastelands
2. So Fragile
3. Walk Away in Shame
4. Back in Town
5. You Are Dead to Me
6. The Call
7. I’m on Fire Tonight
8. Staying Until the End
9. This One is Wild
10. One Last Ride
11. We Drink
12. Towards the Unknown
13. Esta Noche Va a Quemar
Banda:
Shagrath - Guitarras, baixo, backing vocals
Damage Karlsen - Guitarra solo, baixo, backing vocals
Tony White - Bateria, percussão
Ficha Técnica:
Chrome Division - Produção
Hugo Alvarstein - Mixagem, masterização
Miss Selia - Vocais em “Walk Away in Shame” e “This One is Wild”
Tony Midi - Arte da capa
Marcelo Vasco - Artwork, layout
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/chromedivision
Instagram: https://www.instagram.com/chromedivision/
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução: Algumas bandas entendem quando se
chega ao fim de sua existência, é melhor mesmo pendurar as chuteiras e manter a
dignidade. E em um sentido oposto a tantos gigantes que andam caducando pelos
anos de atividade e atual falta de criatividade, os ases do CHROME DIVISION resolveram cessar as
atividades, lançando seu último álbum, “One Last Ride...”, que a parceria
entre a Shinigami Records e Nuclear Blast Brasil tornou mais
acessível para os fãs brasileiros.
Mas a que
viria o agora quarteto em seu derradeiro “Full Length”?
Análise geral: É fato que não se poderia esperar
outra coisa que não fosse o bom e velho Rock ‘n’ Roll sujo, denso e melodioso
de sempre, apenas com um “insight” mais limpo (algo que já vinha acontecendo de
forma gradual desde “3rd Round Knockout”). A surpresa é que para fechar o ciclo, o
vocalista original do grupo, Eddie Guz, retornou,
trazendo aquele jeito rasgado de cantar que impressionou a todos nos primeiros
discos do grupo.
A verdade é
que “One
Last Ride...” é a continuidade do que a banda já vinha fazendo, mas
sempre com alta qualidade. E sim, é uma maneira de fechar o ciclo em alto
nível!
Arranjos/composições: Não esperem algo diferente de um misto entre AC/DC e MOTÖRHEAD
personalizado, cheio de arranjos de muito bom gosto, uma chuva de refrães
grudentos e fáceis de cantar com o grupo. Nada que já não tenham feito em todos
os seus discos anteriores, apenas guiados por um senso de melodia mais apurado,
não tão selvagem como no início.
Tecnicamente
falando, eles não fazem nada que seja rebuscado ou pedante, pois nem é o foco
do disco. Aqui, é energia para colocar os medidores de volume do aparelho de
som nos níveis mais altos o tempo todo. Aliás, o disco foi gravado sem um
baixista, já que Shagrath e Damage Karlsen se
alternaram nas partes das quatro cordas.
Qualidade sonora: A produção é do próprio quarteto,
tendo as mãos de Hugo Alvarstein na
mixagem e masterização. O mais incrível é que a sonoridade de “One
Last Ride...” é bem definida e limpa, permitindo que as melodias soem
claras aos ouvidos, mas aquela dose de sujeira essencial para eles vem dos tons
instrumentais (que nem estão tão carregados como no passado).
CHROME DIVISION |
Destaques musicais: A verdade é que esses quatro “die
hard bikers” do Rock ‘n’ Roll mostram sua energia ácida e divertida em alto
nível, e ainda continuam crus e pesados. E nas 13 canções que destilam em “One
Last Ride...”, se destacam:
“So Fragile”: é um dos hits do disco. Mesmo com seu
jeito direto e espontâneo, mostra alguns refinamentos como duetos de guitarras.
E que refrão grudento!
“Walk Away in Shame”: um torpedo em tempo mediano, recheado de ótimos riffs e uma técnica musical sóbria. Vocais e backing vocals excelentes, além de uma sinuosidade opressiva (e que belos vocais femininos da convidada Miss Selia, uma cantora Pop).
“Back in Town”: um pouco do feeling cru e espontâneo
dos tempos de “Doomsday Rock ‘n Roll” surge nessa canção. Ótimos solos de
guitarra à lá “Fast” Eddie Clarke, e
as linhas melódicas grudam nos ouvidos e não saem mais.
“I’m on Fire Tonight”:
nos riffs iniciais,
sente-se uma aura Rock setentista
quase que subjetiva, antes do quebra-pau intenso e ríspido, aquele jeitão
agridoce que as melodias do grupo trazem sempre. E que peso na base
baixo-bateria!
“Staying Until the End”: um típico Heavy Rock cheio de
testosterona, com um ritmo entre o veloz e o cadenciado bem empolgante. O
refrão marcante é uma marca da banda, e uma energia crua fluindo das guitarras
que vai levar os fãs à loucura.
“This One is Wild”: uma das canções mais acessíveis do
disco, com melodias mais simples e próximas do Rock ‘n’ Roll clássico. É
daquelas que se ouve e não é possível ficar parado, e que vocais!
“One Last Ride”: mais uma em que a pancadaria Hard ‘n’
Roll raivoso e nocivo aos ouvidos mais puritanos. Novamente refrão com backing
vocals de primeira e duetos de guitarra muito bons.
“We Drink”: mais uma vez o grupo referencia a si
mesmo, pois esta adrenalina Rock ‘n’ Roll crua e empolgante lembrará o ouvinte
dos tempos de “Doomsday Rock ‘n Roll” e “Booze, Broads and Beelzebub”.
Impossível não se empolgar com o refrão.
Mas é preciso
dizer que “Esta Noche Va a Quemar” (uma versão cantada em espanhol de “I’m
on Fire Tonight”) é excelente como a original, e é também um tributo do
grupo aos fãs da América do Sul.
Conclusão: Mesmo não estando no mesmo patamar
dos clássicos “Doomsday Rock ‘n Roll” e “Booze, Broads and Beelzebub”, “One
Last Ride...” é um disco e tanto, mas uma despedida que deixará em
muitos aquela sensação de “quero mais”.
Esperemos que
eles mudem de ideia um dia, mas até lá, deixaram uma discografia ótima para
todos.
Nota: 92%
Walk Away in
Shame
I’m on Fire Tonight
One Last Ride
Spotify
Nenhum comentário:
Postar um comentário