Ano: 2019
Tipo: Extended Play (EP)
Selo: Extreme Sound Records
Nacional
Tracklist:
1. Waverly Hills
2. Inside My Empire
3. Hatred
4. Insane and Sick
Banda:
Helton
Henrique - Vocais
Fernando Alan
- Guitarras
Adler
Marcatti - Baixo
Daniel Fuzaro
- Bateria
Ficha
Técnica:
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/disruptionpath/
Instagram: https://www.instagram.com/disruptionpath/
Assessoria: https://www.facebook.com/VHPress-2018134528450486/
(VHP Press)
E-mail:
Texto: “Metal
Mark” Garcia
Introdução:
Muitas vezes,
faz-se a pergunta: é essencial a banda criar algo de novo para ser considerada
boa?
A resposta é não.
Ninguém precisa criar um estilo novo de se fazer Metal, mas é necessário ter
personalidade. Por exemplo: DEICIDE, MONSTROSITY
e CANNIBAL CORPSE são bandas que nada de novo fizeram em termos de Death
Metal, mas todos souberam criar algo para si, algo pessoal. E nessa tocada está
o quarteto DISRUPTION PATH, de Porto
Ferreira (SP), que já chega causando dores de ouvidos com “Warped Reality”, seu
primeiro release, um EP de quatro faixas.
Análise geral:
Como o dito
acima já deixa claro, o quarteto não está criando nada de novo, é apenas o bom
e velho Death Metal Old School em sua formatação noventista. Mas o grupo já
mostra sinais de ter uma forte personalidade que, conforme o tempo for passando
e mais experiência for adquirida, tendem a se tornar ainda melhores.
O fato é que
as canções de “Warped Sanity” nos mostram um “blend” muito legal e pessoal de
influências das escolas norte americana e sueca, e com alguns toques melódicos
pontuais à lá DISMEMBER da fase “Indecent
and Obscene”.
Sim, é muito
bom.
Por ter um
foco mais na Old School, sabe-se de antemão que nada aqui é extremamente
técnico, mas foca em ser bruto e agressivo, com boas mudanças de ritmo e mesmo
alguns trechos onde influências de Thrash Metal ficam evidentes (como em “Waverly
Hills”), com guturais sendo entremeados por gritos esganiçados, riffs
muito bons, além de uma base rítmica sólida e com muito peso.
A tendência é
evoluir, pois as quatro faixas deixam bem evidente que “Warped Reality” é apenas
uma amostra grátis do que eles podem render.
Qualidade sonora:
Por ser um
trabalho inicial, o grupo ainda precisa aprender a se situar melhor no estúdio,
embora o resultado tenha sido muito bom. Escolheram um bom “set” de timbres
instrumentais (que poderia ser um pouco melhor em termos de bateria, pois a
caixa soa estranha), além de terem conseguido associar agressividade, peso e
clareza em um nível acima da média. Provavelmente a experiência de seus
integrantes ajudou bastante nesse ponto.
Arte gráfica/capa:
É óbvia a aura
Death Metal da capa, mostrando claramente ao que a banda vem. Trabalhada em
tons escuros (e sinistros) de verde e cinza, a vocação para o horror á lá John Carpenter é sensível.
Destaques musicais:
Quatro
torpedos de pura agressividade nos são apresentados, onde a banda mostra bom
domínio do que deseja para si musicalmente. O amadurecimento tende a lapidar e
ajustar arestas, mas eles estão é um bom nível.
“Waverly Hills”: O massacre começa com uma canção
cheia de boas mudanças de ritmos e toques de Thrash Metal em alguns momentos
(especialmente nos riffs de guitarra). Haja pescoços!
“Inside My Empire”: A energia que flui dessa canção é
algo insano, empolgando bastante o ouvinte. Nela, as melodias subjetivas à lá “Swedish
Old School Death Metal” afloram juntamente com elementos de Thrash Metal.
Vocais muito bons, mas a base rítmica em sua solidez e boas mudanças mostra sua
força.
“Hatred”: O ritmo se torna mais cadenciado e a
influência de Thrash Metal desaparece, evidenciando o lado pesado e agressivo.
As guitarras são bem doentias, com riffs ganchudos e solos insanos.
“Insane and Sick”: Mais uma com uma pegada empolgante,
exibindo contrastes de partes velozes e outras mais cadenciadas, além de um
pouco mais de técnica.
Conclusão:
O DISRUPTION PATH ainda precisa ser
lapidado por ensaios e shows, mas tem futuro. Aliás, para os fãs de algo mais
puritano em termos de Death Metal, “Warped Sanity” não é uma indicação,
mas uma intimação.
Nota: 82%
Inside My
Empire
Spotify
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