terça-feira, 19 de março de 2019

STAY TUNED - Stay Tuned


Ano: 2019
Tipo: Full Length
Nacional


Tracklist:

1. Jazz Police (c/ Mark King, Ian Paice, Steve Morse, Suzi Quatro)
2. Fading Away (c/ Ian Gillan, Dan McCafferty, Mark King)
3. Let the Stars Shine On You (c/ Steve Lukather)
4. Traffic Night (c/ Don Airey, Steve Morse, Carl Sentance)
5. I Don’t Believe That Rock ‘n’ Roll is Out
6. Empathy (c/ Jeff Scott Soto)
7. Yound Free and Deadly
8. It’s Just a Long Way (c/ Carl Sentance)
9. Always Behind You (c/ Mark King)
10. Believe Me (c/ Roger Glover)
11. Secret Land (c/ Don Airey, Carl Sentance)
12. Wanna Give You My Lovin’
13. Drum Jam (Live 2002) (c/ Ian Paice)
14. Child in Time (Live 2009) (c/ Jon Lord)


Banda:
Bernhard Welz - Bateria, outros instrumentos


Ficha Técnica:

Bernhard Welz - Produção


Contatos:

Instagram:
Assessoria:

Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução: Em geral, projetos musicais visam trazer à tona as influências de um ou vários músicos envolvidos na empreitada. E alguns deles surgem com a vocação para algo nobre. E juntando música de excelente nível com um toque de amor ao próximo, eis que vemos surgir “Stay Tuned”, disco do STAY TUNED ALLSTARS, projeto encabeçado pelo baterista Bernhard Welz (que toca outros instrumentos também), e que oferece uma chance de ajudar a instituição Linda McCartney Foundraising Centre.


Análise geral: Óbvio que um projeto musical se torna atraente pelos nomes envolvidos. O fato é que Bernhard trouxe alguns de seus amigos ilustres, integrantes de bandas como LEVEL 42, TOTO, GENESIS, NAZARETH e GOTTHARD, e alguns que já passaram por BLACK SABBATH, RAINBOW e outros tantos.

Com nomes de estilos tão variados juntos, o resultado só poderia ser um Classic Rock/Hard Rock bem aos moldes dos anos 70, com momentos em que influências bem fortes de Rock Progressivo vão se aglutinando. Óbvio que esse “insight” mais eclético pode incomodar alguns puritanos pós-anos 80, mas a verdade é que tudo que “Stay Tuned” oferece é uma viagem musical maravilhosa, e que de forma alguma soa datada.


Arranjos/composições: É fato que uma turma dessas não poderia gerar algo ruim. Nada em “Stay Tuned” soa excessivo, mesmo em seus momentos mais Progressivamente viajantes (só a instrumental “Jazz Police” é a prova pictórica de tal fato). Tudo soa bem espontâneo e cheio de uma energia vibrante e envolvente, com melodias trabalhadas (mas não difíceis de serem assimiladas pelo ouvinte).

Trocando em miúdos: é excelente!


Fonte: http://www.bernhard-welz.com
Qualidade sonora: O próprio Bernhard cuidou da produção do disco, e a sonoridade visa soar espontânea, clara e com sua dose correta de sujeira (se não fosse assim, não seria um disco de Rock ‘n’ Roll). Timbres escolhidos de forma que soem naturais e que nenhum instrumento venha a se destacar acima dos outros, é como se fosse uma “jam” em estúdio, mas com tudo muito bem regulado.


Arte gráfica/capa: A arte não é algo super-rebuscado, buscando um “feeling” bem anos 70, na época em que a música importava mais que o visual. E está muito bom do jeito que é, sem muitas delongas.


Destaques musicais: A primeira sensação sobre esta parte é “vocês devem estar brincando”, pois não existem partes em “Stay Tuned” que poderiam ser deixadas de lado. Tudo soa homogêneo, de alto nível, e vai cativar o ouvinte de formas diferentes a cada nova audição. Por mero preciosismo, nas primeiras ouvidas, indicam-se:

“Jazz Police”: uma instrumental onde Jazz, Progressivo e rock misturados de uma vez só, com muitos “slaps” no baixo e mudanças de ritmo. O trabalho das guitarras é belíssimo em termos de solos, sem mencionar os teclados (também, com Mark King, Ian Paice, Steve Morse e Suzi Quatro de uma vez só, não poderia ser diferente).

“Fading Away”: o ritmo ameno se aproxima do Classic Rock do final dos anos 60 com certo toque de Pop Rock. Mas a beleza imposta pelas melodias e contrastes vocais de Ian Gillan, Mark King e Dan McCafferty é absurda.

“Let the Stars Shine On You”: mais uma canção com forte jeito de final dos anos 70, com uma estética de balada, mas muito bem arranjada. Algo que lembrará os ouvintes os trabalhos do TOTO (algo que fica evidente pela participação de Steve Lukather).

“Traffic Night”: um rockão bem arranjado, mas com um conjunto de melodias acessíveis excelente. Don Airey, Steve Morse, e o vocalista Carl Sentance (que já passou por KROKUS e hoje é do NAZARETH) fazem as honras.

“Empathy”: agora o trabalho ganha contrastes mais voltados ao Heavy/Hard Rock dos anos 80, com uma enorme presença das guitarras. Mas os vocais de Jeff Scott Soto sempre fazem a diferença.

“Yound Free And Deadly”: e mais uma em que o peso vai nos trazer mais para o Heavy/Hard Rock dos anos 80, embora nesta a presença dos teclados seja mais evidenciada. É basicamente um Hardão como se o EUROPE dos anos 80 fosse um pouco mais agressivo.

“Believe Me”: intimista é com um toque de classe, o refrão soa mais pesado e grudento. Basicamente, é o encontro do melhor do Hard Rock da segunda metade dos anos 70 com a estética do Pop Rock daqueles dias. E o veterano Roger Glover resolve dar uma canja.

“Wanna Give You My Lovin’”: um Rock duro e acessível, com um alinhavo Pop deliciosamente grudento.

Encerrando, duas ao vivo: “Drum Jam” ao vivo em 2002, onde Bernhard divide espaço com Ian Paice (e que nada mais é que uma “jam" curte de bateria, que dura pouco mais de 1 minuto); e uma versão linda para o eterno clássico “Child in Time”, gravada ao vivo em 2009 com a participação do saudoso Jon Lord.


Conclusão: Pouco é necessário ser dito sobre “Stay Tuned” após a primeira audição. Ouça, aprecie e se divirta, pois não há como não se divertir e amar este disco!


Nota: 100%


Fading Away



Traffic Night



Spotify


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