Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Minotauro Records
Nacional
Tracklist:
1. Dawnland (instrumental)
2. Tracking the Great Spirit
3. Inner Vision
4. The Scout
5. Prophecy of the Red Skies
6. Distorted Reflection
7. Palaver
8. Arrive Survive Awaken Thrive
9. Stalking Wolf
Banda:
Bruno Neves -
Vocais
Joe Martignetti - Guitarras, Backing Vocals
David Joy - Baixo, Backing Vocals
Ted MacInnes - Bateria, Backing Vocals
Ficha Técnica:
Jimmy
Martignetti - Produção, mixagem
Bob Katz -
Masterização
Contatos:
Site Oficial:
http://www.sunrunnermusic.com/
Facebook: https://www.facebook.com/sunrunnermusic/
Instagram: https://www.instagram.com/sunrunner_music/
Assessoria: www.somdodarma.com.br
(Som do Darma)
E-mail:
Texto: “Metal
Mark” Garcia
Introdução:
Cada vez mais
o Prog Metal tem sido um estilo em que muitos estão buscando fórmulas mais
simples e eficazes de se expressar que as viagens lisérgicas herdadas do lado
do Rock Progressivo (ou seja, nomes como YES
e GENESIS são referências). Não é
algo simples se manter Prog Metal e ter uma musicalidade menos técnica, e
alguns grupos acabam metendo os pés pelas mãos.
Mas o
quarteto norte-americano SUNRUNNER,
de Portland, consegiu essa façanha. Basta ouvir “Ancient Arts of Survival”,
seu novo disco, e perceber isso.
Análise
geral:
Transitando
em um caminho pesado e intenso, a banda une características tanto do Heavy
Metal (e Hard Rock clássico) como do Rock Progressivo dos anos 70, e se saindo
bem na empreitada (como já evidenciava em seu disco anterior da banda, “Heliodromus”,
de 2014). Basicamente, não chega a ser aquilo que se convencionou chamar de
Prog Metal na realidade (que reúne influências de outros gêneros musicais), mas
um híbrido de Metal e Rock Progressivo muito bom.
E agora o
grupo se torna um quarteto, com a adição de um vocalista, o brasileiro Bruno Neves, que permitiu à banda uma
maior profundidade melódica e técnica.
Arranjos/composições:
A presença do
vocalista parece ter deixado a banda mais solta, e suas composições cresceram
em termos de técnica musical. Mas ao mesmo tempo, a espontaneidade, força e
peso de suas composições continua a mesma.
Justamente
pelo “boost” técnico que os arranjos melhoraram, se tornaram mais dinâmicos e
bem encaixados uns nos outros. Além disso, os vocais melhoraram em termos de
timbres, fazendo com que a interação de vozes e instrumental também ficasse
mais justa e coesa.
Realmente,
uma comparação direta entre “Heliodromus” e “Ancient Arts of Survival”
mostra o quanto eles melhoraram.
Qualidade
sonora:
Os vocais
foram gravados no Brasil, enquanto os instrumentos foram todos gravados nos
EUA (inclusive a masterização é de Bob Katz, conhecido por suas 3 indicações ao Grammy), mas isso não causou problemas à qualidade sonora do álbum. O feeling Classic
Rock de “Ancient Arts of Survival” é evidente, pois o grupo, mesmo
mantendo clareza e definição, soa orgânico.
A timbragem
dos instrumentos musicais buscou ser bem simples, transpirando um feeling “live”,
com certo “q” de crueza que encaixou bem na proposta do grupo.
Arte
gráfica/capa:
A arte da
capa é belíssima, um painel em que um indígena e a natureza aparecem com alguns
elementos futuristas. Algo que encaixou bem com o título do disco, verdade seja
dita.
Destaques
musicais:
8 canções (“Dawnland”
é apenas uma instrumental de introdução do disco) que transitam entre a leveza
suave e aconchegante do Rock progressivo e o peso mamutesco e cru do Heavy Metal
dos anos 70 é o que o grupo. Aliás, a homogeneidade é um das características
mais evidentes de “Ancient Arts of Survival”. Mas se destacam logo nas primeiras
ouvidas as seguintes:
Tracking the Great
Spirit: peso, técnica e refinamento são apresentados de forma extremamente
envolvente, sempre com ótimas melodias. Mas os vocais estão excelentes (com boas
variações de timbre), assim como trabalho do baixo.
Inner Vision: essa já tem, apesar do refinamento
técnico, certo toque de Stoner Rock por conta da ambientação crua. Mas existem
lindos momentos mais limpos e introspectivos que realmente embalam os ouvintes.
E que guitarras fascinantes!
The Scout: é a que soa mais próxima dos anos 80,
com alguns elementos do Power/Heavy Metal em alguns momentos, justamente por
conta das conduções rítmicas (o que deixa claro que a bateria está ótima).
Prophecy of the Red
Skies: é a primeira faixa mais longa do CD, passando dos 10
minutos de duração. Aqui, a banda mostra a fluidez da fusão do peso do Metal
com a elegância do Rock Progressivo, com boa técnica e muita diversidade em
termos de momentos (partes limpas e suaves contrastam com momentos mais sujos e
pesados).
Distorted Reflection: com pouco mais de 1 minuto, esse Folk
Rock suave e melódico embala o fã. É belíssima, justamente porque foca em
vocais e seis cordas limpas.
Stalking Wolf: outra canção gigante em termos de
duração, chegando quase aos 20 minutos. Mas a transição de momentos, mudanças
de ritmo e ambientações (os momentos mais pesados tem certa aura intimista “noir”
muito interessante), e ótima técnica mostra que eles tornam esse momento uma
autêntica viagem “heavyssíva” de ótimo gosto.
Conclusão:
Rock Progressivo,
Hard Rock, Classic Rock, Heavy Metal, não importa como chamem “Ancient
Arts of Survival”. Importa que o SUNRUNNER
mostra-se mais uma vez aquela banda que todos precisam conhecer, e o mais
rápido possível!
Nota: 86,0/100,0
The Scout
Spotify
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