Ano: 2015 (original) / 2019 (nacional)
Tipo: Full Length
Nacional
Tracklist:
1. Girl with the Raven Mask
2. The January Sea
3. Pearls and Coffins
4. Hypnotized
5. Ghostlight
6. Run Killer Run
7. Iron Mule
8. The Master Thief
Banda:
Jennie-Ann
Smith - Vocais
Marcus Jidell
- Guitarras, backing vocals
Carl Westholm
- Teclados, Teremim, Piano (Grand, Rhodes), Mellotron, órgão de rua, moog
Leif Edling -
Baixo
Lars Sköld - Bateria
Ficha Técnica:
Marcus Jidell - Produção, Engenharia de Som
David Castillo - Engenharia de Som, Mixagem
Jens Bogren - Masterização
Tim Wezel - Artwork
Anders Iwers - Baixo nas faixas 4, 5, 8
Michael Blair - Percussão nas faixas 1, 3, 4, 5, 8
Mats Valentin - Percussão na faixa 6, Chocalho na faixa 1
Max Lachmann - Samples na faixa 2
Contatos:
Site Oficial:
www.avatariumofficial.se
Instagram: www.instagram.com/avatariumofficial/
Assessoria:
E-mail: info@avatariumofficial.com
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
É fato
consumado que músicos com certo renome e bagagem, vez por outra, costumam
iniciar novos projetos, e como já é amplamente sabido, vem da necessidade de se
expressarem de outra maneira. Mas para muitos músicos, é difícil se desfazer de
sua individualidade, e assim, dos elementos musicais que carrega consigo.
Esse é o caso
do baixista Leif Edling, lendário
baixista e líder do CANDLEMASS, pois
é difícil não perceber no trabalho do AVATARIUM
(banda que fundou em conjunto com o guitarrista Marcus Jidell (ex-EVERGREY,
e com quem Leif também toca no THE DOOSMDAY KINGDOM) os elementos dos
anos 70 e 80 que lhe são bem comuns. Mas não se assustem, pois no ótimo “Girl
With the Raven Mask”, segundo disco da banda, pulsa uma identidade toda
própria. E a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil botaram o disco nas
lojas por aqui.
Análise
geral:
Basicamente,
só o fato de Jennie-Ann Smith nos
vocais e Carl Westholm nos teclados
(e outros instrumentos do tipo) já fariam a diferença. No fundo o AVATARIUM tem o peso e a energia que se
espera de algo onde Leif esteja, mas
a estética onde as melodias beiram algo mais “noir”, mais voltado ao Rock
psicodélico e cheio de nuances bluesy dos anos 70.
Basicamente,
se alguém busca algo do CANDLEMASS,
do THE DOOMSDAY CEREMONY ou mesmo do
EVERGREY, é bom ir tirando isso da
cabeça. O AVATARIUM tem uma aura musical pessoal, e um jeito de fazer música
que realmente é belíssimo.
Arranjos/composições:
A diversidade
mais suingada (ou seja, nada tão rígido como o Doom Metal clássico) das músicas
de “Girl
With the Raven Mask”, e mesmo sua riqueza musical, nascem de arranjos
musicais espontâneos, e muitas vezes, de contrastes estilo “luz e sombra” (como
se ouve em “Hypnotized”). Outro ponto forte: apesar dos riffs pesados de
guitarra, muito do enfoque instrumental está focado nas ótimas partes de
instrumentos de tecla, gerando uma ambientação psicodélica agradável.
Além disso,
os vocais melodiosos dão uma profundidade carregada de “feeling”. Mas não falar
que os arranjos de baixo e bateria está justinhos, e as guitarras fazem bonito
seria injustiça (riffs bem construídos, solos melodiosos sem exageros). E tudo
coeso e sólido como uma muralha.
Qualidade
sonora:
Marcus Jidell chamou para si a responsabilidade de
produzir o disco, tendo como parceiros David
Castillo (mixagem) e Jens Bogren
(masterização). Tudo para criar um “blend” bem feito do passado com o presente
em termos de sonoridade, ou seja: tudo soa limpo e pesado como as qualidade de
som atuais pedem, mas com um toque orgânico essencial.
Ou seja, é
bem gravado e bem feito, mas com certa crueza sonora permeando o produto final.
Arte
gráfica/capa:
O trabalho de
Tim Wezel deu aquele toque mais soturno
e denso que a banda mostra em sua música em vários momentos, mas ao mesmo
tempo, tem a classe e elegância garantidas.
Destaques
musicais:
É preciso
entender que em “Girl With the Raven Mask”, o AVATARIUM vai mostrar momentos pesados e com energia (sem perder a
classe), e em outros é mais climático e denso. Por isso, o disco é uma viagem
de bom gosto e diversidade.
Aliás, que
discão, pois a energia selvagem e frenética de “Girl with the Raven Mask” (aqui,
os elementos mais brutos do Doom Metal aparecem, especialmente porque os tempos
possuem boa velocidade, e a energia flui das guitarras, sem mencionar o ótimo
refrão), o clima denso e melódico de “The January Sea” (algumas partes
mais focadas em melodias ternas e com teclados prevalentes; outras com riffs
abusivamente pesados e monolíticos típicos de Doom Metal), a ambientação “noir”
típica de cabarés que se sente em “Pearls and Coffins” (que vocais de
primeira, sem mencionar que os teclados estão primorosos) e em “Hypnotized”
(ótimos pianos, embora a faixa transite entre peso ácido e melodias mais
psicodélicas), o peso compacto e bruto de “Ghostlight” (que realmente é uma
canção puramente de Doom Metal, mesmo com algumas partes mais amenas dos
teclados), o jeito mais voltado ao Doom Rock (por conta de alguns momentos mais
acessíveis, como o andamento e guitarras mais simples, embora seja uma canção mais pesada) de “Run
Killer Run”, a volta do clima “noir” de boates antigas de “Iron
Mule” e “The Master Thief” (as partes de baixo e bateria ficaram
ótimas, verdade seja dita, justamente pela não convencionalidade. Mas é melhor
ter cuidado, pois existem partes mais brutas e ácidas, com peso desproporcional)
garantem ao ouvinte diversão do mais alto nível.
Trocando em
miúdos: “Girl With the Raven Mask” é um discão!
Conclusão:
Mesmo sendo
anterior a “Hurricane and Halos” (já lançado no Brasil), a beleza musical
de “Girl
With the Raven Mask” é atemporal, e mostra que o AVATARIUM merece aplausos.
Em tempo: Leif deixou a banda em 2017.
Nota: 9,1/10,0
Girl With the
Raven Mask
Pearls and
Coffins
Spotify
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