Ano: 2019
Tipo: Full Length
Nacional
Tracklist:
1. Humanicide
2. Divine Defector
3. Aggressor
4. I Came for Blood
5. Immortal Behated
6. Alive and Screaming
7. The Pack
8. Ghost of Me
9. Revelation Song
10. Of Rats and Men
11. The Day I Walked Away (bônus)
Banda:
Mark Osegueda - Vocais
Rob Cavestany - Guitarra
Solo
Ted Aguilar - Guitarra Base
Damien Sisson - Baixo
Will Carroll - Bateria
Ficha Técnica:
Jason Suecof - Produção,
Engenharia, Mixagem
Ted Jensen - Masterização
Brent Elliott White - Arte
da Capa
Alexi Laiho - Guitarra Solo
em “Ghost of Me”
Jason Suecof - Guitarra Solo
em “Revelation Song”
Vika Yermolyeva - Piano em
“Immortal Behated”
Contatos:
Site Oficial: www.deathangel.us
Facebook: www.facebook.com/deathangel
Assessoria:
E-mail: tma003c@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução:
Existem bandas antigas que,
mesmo possuindo clássicos em suas discografias, parecem viver suas melhores
fases atualmente. Parece que a maturidade fez bem a eles, uma vez que no
passado, os dissabores de uma cena que ainda transitava de algo amador e
underground para algo mais profissional deu muitos problemas. E o DEATH ANGEL, quinteto Thrasher de São
Francisco, se encaixa muito bem nessa definição.
Mesmo tendo em sua
discografia “The Ultra-Violence”, um clássico do gênero para muitos, desde
que retornaram em 2001 eles estão muito bem, mas desde “Relentless Retribution”,
onde iniciaram uma trilogia focada em lobos (pausada apenas em “The Evil
Divide”, de 2016), e que parece chegar ao fim com o ótimo “Humanicide”, disco recém
lançado e que chega em sua edição brazuca pela parceria da Shinigami Records com a Nuclear
Blast Brasil.
Análise geral:
Em termos bem gerais, “Humanicide”
resgata a sonoridade mais tradicional do grupo, sem perder a modernidade
exibida em “The Evil Divide”. Ainda existem melodias excelentes, bem como
alguns toques diferenciados (como podem ser ouvidos em “Agressor”). Basicamente,
é o mesmo Thrash Metal técnico, bruto e agressivo de antes, sem nada a inovar.
Mas no caso do DEATH ANGEL, será que é preciso?
Fazendo o que fazem, já são mestres e bem conhecidos, e assim, “Humanicide”
vem e dispara para ser um dos grandes discos do ano!
Arranjos/composições:
Mais uma vez, a banda soube
caprichar em suas composições.
Muita técnica (que é uma
conseqüência do que o grupo faz musicalmente, e não sua motivação), um peso
mamutesco de esmagar os ossos, e melodias que entram nos ouvidos e não mais, é
ouvir e ficar marcado. É assim que o quinteto escreveu suas canções.
Além disso, as mudanças de
ritmo e impacto sonoro de “Humanicide” são absurdamente
agressivas em pegajosas.
Qualidade sonora:
Mais uma vez, Jason Suecof trabalhou na produção,
engenharia e mixagem, enquanto Ted
Jensen cuidou da masterização, numa atitude típica de “em time que está
ganhando não se mexe”. E mais uma vez, a qualidade sonora está soberba, limpa a
ponto de se compreender todos os instrumentos separadamente, mas o peso e
agressividade que emanam do disco são absurdos. Sinal que tudo funcionou como
um relógio no estúdio, inclusive na timbragem sonora.
Arte gráfica/capa:
Eis uma mudança: o grupo
trouxe Brent Elliott White mais uma
vez para arte da capa, justamente pelo grupo retomar o tema dos lobos. E o
resultado é muito bonito.
Destaques musicais:
O jeito mais convencional do
DEATH ANGEL abordar seu estilo em “Humanicide”
contrasta com a beleza moderna de “The Evil Divide”. E isso brinda o
ouvinte com um esmaga-ossos Thrasher de primeira, com alguns ótimos momentos.
Humanicide: o disco já abre com um típico Thrash Metal encorpado
e veloz, mas com boa diversidade de andamentos e ganchuda, que mostra um ótimo
trabalho de baixo (que mostra ótima técnica), além de riffs de guitarra
magistrais.
Aggressor: aqui, elementos da Velha Escola são mixados com uma
vibe moderna. Tempos quebrados em alguns momentos, riffs insanos, e uma
estruturação melódica não muito usual ao quinteto.
I Came for Blood: um Thrash ‘n’ Roll sujo, simples e cheio de energia,
com evidente influência de MOTÖRHEAD
em seu “outfit”. Refrão muito bom, e sem mencionar que a bateria está ótima.
Immortal Behated: uma canção mais refreada e que favorece o lado mais
interpretativo dos vocais. É uma pancada bem dada, onde a agressividade e a
melodia se misturam para criar uma ambientação densa. E existem partes de piano, tocadas pela convidada Vika Yermolyeva.
Alive and Screaming: e lá vêm tempos mais velozes (embora partes mais
refreadas apareçam bastante), toques modernos e muita agressividade serem
despejadas sobre o ouvinte. Outra aula dos vocais.
Ghost of Me: mais uma vez, o andamento varia entre partes velozes
e empolgantes com momentos mais lentos, e onde as guitarras montam uma
verdadeira muralha de riffs (e que solos caprichados, sendo que um é de Alexi Laiho, do CHILDREN OF BODOM).
Revelation Song: essa canção remete a alguns elementos de “Act
III”, justamente por conta do groove em alguns momentos. Mas em seus
tempos mais cadenciados e partes mais técnicas, o quinteto mostra sua
versatilidade. Além disso, que vocais, sem mecnionar o solo feito por Jason Suecof.
Além dessas, a versão
nacional tem por bônus mais uma:
The Day I Walked Away: é uma canção com ambientação não muito comum, e que
não é comum do quinteto. Mas mesmo assim, é ótima, justamente por diferir.
Conclusão:
Apesar de não superar seu
antecessor ou “The Dream Calls for Blood”, “Humanicide” é um disco
excelente do DEATH ANGEL, mostrando
que eles estão em uma fase muito criativa e exuberante.
Nota: 90,0/100,0
I Came for Blood
The Pack
Spotify
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