Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Shinigami Records
Nacional
Tracklist:
1. None Shall Sleep
2. Into Doom
3. Purpose of a Virgin Mind
4. Hijacked by Unicorns
5. The Annihilation
6. Wake Up Now!
7. A Broken Taboo
8. An Awakening
9. A Battle Against All Hope
10. A Look Inside
11. Metal Daze (Manowar cover)
12. The Look Inside (orchestral)
Banda:
Stefan Schmidt -
Guitarra base, vocais
Sebastian Scharf -
Guitarra solo
Daniel Wicke - Baixo
Jörg Michael -
Bateria
Ficha Técnica:
Heavatar - Produção,
mixagem
Stefan Schmidt - Produção,
mixagem
Jurgen Jusk -
Masterização
Dan Lind - Arte da
capa, design
Petter Olsson -
Teclados, efeitos
Robin Matsson -
Arranjos de cordas
Contatos:
Site Oficial: http://heavatar.net/
Facebook:
https://www.facebook.com/Heavatar
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos Garcia
Quando uma banda nova tem em sua formação integrantes já reconhecidos
dentro do cenário musical, as comparações são imediatas. È comum expectativa de
como a banda vai soar. Imagine isso quando um dos músicos tem vasta experiência
e já tocou em nomes muito conhecidos. O nível de cobrança chega às nuvens!
É basicamente com isso que o quarteto alemão HEAVATAR, a nova banda de Stefan Schmidt (do VAN CANTO) e de Jörg Michael (do HEADHUNTER, ex-membro de bandas com STRATOVARIUS, RUNNING WILD e RAGE),
tem que lidar. Mas graças aos esforços da Shinigami
Records, temos em mãos a versão nacional de “Opus II: The Annihilation”, e assim, tirar as dúvidas.
No fundo, o que encontramos no disco é o bom e velho
Heavy/Power Metal germânico, só que com uma roupagem mais moderna e pesada, mesmo com muitos inserts de música clássica (que chegam a ser referenciados no encarte do CD em cada música onde eles são encontrados).
Óbvio que se você procurar bumbos constantemente à velocidade da luz, vocais
agudos, pode ter uma certeza: não os encontrará por aqui com frequência (os
vocais agudos, nem pensar). A vocação do grupo é mesmo pegar pesado, de forma
mais agressiva, mas com as linhas melódicas do Power Metal. A técnica instrumental
levada às últimas consequências também não é a tônica do trabalho, embora o
quarteto tenha um bom nível técnico. O foco é criar músicas sólidas, e com
excelentes melodias. Embora outros grupos já tenham feito algo semelhante, o HEAVATAR tem talento e se diferencia.
Em termos de produção, como dito, o grupo optou por uma
sonoridade mais agressiva e moderna, que lhes permita soar mais pesados. Mas de
forma algum estão com o som confuso, longe disso: está bem limpo, garantindo
que o ouvinte entenderá o que é tocado sem dificuldades. Eles souberam balancear
bem peso, melodia, agressividade e clareza sonora. E a arte da capa e design
ficaram muito bons, embora seja algo já usado à exaustão.
Bons arranjos, músicas pesadas, melodias que entram nos
ouvidos... Uma velha fórmula em termos de Metal, mas que nas mãos do HEAVATAR ganhou vida. O peso é tamanho
que tem horas que esbarram no Thrash Metal (basta ouvir algumas passagens de “None Shall Sleep” e comprovarão o que digo).
Mas é muito bom, e eles sabem dar uma diferenciada em sua música (novamente:
não existem novatos no grupo).
Os melhores momentos do
disco são: o peso agressivo das guitarras em “None Shall Sleep” (cheia de bases de primeira, solos melodiosos, e
melodias sinuosas), o a essência do Power Metal clássico alemão de “Into Doom” (ótimo trabalho de baixo e
bateria, backing vocals muito certinhos, com alguns bumbos mais velozes
aparecendo), a empolgante e pesada “Purpose
of a Virgin Mind” (bons duetos de guitarras, e as guitarras com timbres
brutos destilam harmonias bem feitas), a cadência melodiosa criativa de “Hijacked by Unicorns”, os inserts de Beethoven
na bruta e opressiva “The Annihilation” (uma
prova do quanto o Metal tem ligações com a música clássica, sem mencionar o belo
refrão), “An Awakening” e toda sua
aura folk/pagan (belos vocais femininos), e na curta e bela “A Look Inside”. Mas ainda temos duas
faixas bem interessantes: a versão bem pessoal do quarteto para “Metal Daze” do MANOWAR, que tem uma pegada pesadíssima e cheia de energia, mas
respeitando a versão clássica; além de uma longa versão cheia de partes orquestrais
para “The Look Inside” (de pouco
mais de 2 minutos, chega a mais de 13, mas sempre com uma beleza ímpar).
Um disco muito bom, que vale a pena ouvir com toda calma do
mundo, mas garanto: o HEAVATAR ainda
vai dar muitas alegrias aos fãs. Por enquanto, “Opus II - The Annihilation” é um senhor lançamento.
Nota: 85%
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