Ano: 2018
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. This
Time
2. Turn to
Miami
3.
Paralyzed
4.
Sometimes the World Ain’t Enough
5. Moments of
Thunder
6.
Speedwagon
7. Lovers in
the Rain
8. Can’t Be
That Bad
9. Pretty
Thing Closing In
10.
Barcelona
11. Winged and
Serpentine
12. The
Last of the Independent Romantics
13. Marjorie (Bonus Track)
Banda:
Björn Strid - Vocais
David Andersson -
Guitarras
Sebastian Forslund -
Guitarras
Sharlee D’Angelo -
Baixo
Richard Larsson -
Teclados, percussão
Jonas Källsbäck -
Bateria
Ficha Técnica:
Åsa-Hanna Carlsson - Violoncelo
Anna Brygard - Backing vocals
Anna-Mia Bonde - Backing vocals
Sebastian Forslund - Mixagem
Thomas “PLEC”
Johansson - Masterização
Carlos Del Olmo
Holmberg - Artwork, fotografia
Bengan Andersson - Engenharia sonora
Richard Larsson - Arranjos (cordas)
Contatos:
Site Oficial:
Assessoria:
E-mail:
Texto: M. Garcia
Nos dias atuais, onde downloads ilegais e plataformas
digitais combaliram as gravadoras (e o Metal, por conseqüência), é inusitado
ver uma banda lançando discos anualmente, ou mesmo bienalmente. E fugir à regra
nos causa espanto, mas no caso dos suecos do THE NIGHT FLIGHT ORCHESTRA, a criatividade parece infindável. É
tamanha que pouco mais de um ano depois do ótimo “Amber Galactic”, já temos em mãos um disco novo deles, “Sometimes the World Ain’t Enough”, que
já chegou ao Brasil via Shinigami
Records/Nuclear Blast Brasil.
Basicamente, o estilo deles não mudou muito de “Internal Affairs” (primeiro disco da banda,
de 2012), ou seja, é um misto de Hard Rock clássico dos anos 70 com muito de
Pop Music e AOR daqueles tempos, mais o evidente Groove da Soul Music/Funk de
grupos da finada gravadora Motown americana, mas sem que soe datado. Ou seja,
melodias bem feitas e que grudam nos ouvidos, cada refrão que é coisa de doido
de tanto bom gosto, backing vocals femininos bem encaixados, boa técnica
musical, enfim, um trabalho excelente. No fundo, se alguém achou que “Sometimes the World Ain’t Enough” era
sobra de estúdio, ou errou no palpite ou mesmo aquilo que eles acham que é
resto é formidável!
A atualização que se percebe nas canções do sexteto vem
diretamente do ótimo trabalho da produção. A engenharia, mixagem e masterização
foram concebidas de tal forma que o grupo parece mesmo um grupo dos anos 70
gravando um disco nos dias de hoje, inclusive com uma timbragem bem escolhida,
com um som orgânico, mas bem feito e com as vantagens dos métodos digitais.
Tudo soa perfeito, e nem falamos dessa arte que nos remete ao passado, mas com
uma boa dose de presente.
O THE NIGHT FLIGHT
ORCHESTRA cria músicas que atingem os saudosistas do passado e novos fãs,
graças à sua criatividade. Soa retrô e atual da mesma forma, criando algo
diferente do usual. Além disso, como sua música realmente nos conquista. Até os
mais chatos dos críticos musicais se renderam à “Sometimes the World Ain’t Enough”, logo, se você não for daqueles
que quer manter uma pose para outros verem, vai se render e dançar como nunca
ao som deles.
Destaques nesse disco? Tás brincando comigo? É melhor que
desistam, pois NÃO DÁ, cacilda!
São 12 canções excelentes, cada uma delas com seu próprio
valor, e todas justinhas!
“This Time” tem
um climão Pop/Hard Rock fenomenal, com linhas melódicas e um refrão incrível
(que vocais de primeira, fora os backing femininos), o grude instantâneo de “Turn to Miami” (outra com refrão de
primeira, mais teclados em arranjos bem anos 70) e de “Paralyzed” (aqui, o trabalho de baixo e bateria mostra-se firme e
com boa técnica). Em “Sometimes the
World Ain’t Enough”, já temos uma canção mais voltada ao Pop do iniciozinho
dos anos 80, novamente com baixo e bateria se destacando. Rebuscando elementos
que se ouvem nas trilhas sonoras de filmes lá dos anos “vocês já sabem quais” (me
perdoem, mas repetir “anos 70” toda hora fica carregado) é a melodiosa e terna “Moments of Thunder” (definitivamente, ótimas
linhas vocais), mesmos elementos presentes em “Speedwagon” (essa já mais rocker, graças às guitarras, e que belos
duetos) e na chicletosa “Lovers in the
Rain” (e tome melodias que não se consegue esquecer). Se vocês gostam de
algo que possa misturar Pop e Groove em boas medidas, é certo que “Can’t Be That Bad” foi feita para seus
ouvidos, enquanto o ritmo um pouco mais comportado (mas igualmente envolvente)
de “Pretty Thing Closing In” vai
vencendo a resistência (reparem no uso dos backing vocals bem sacado no refrão).
Voltando a fazer referência os tempos áureos da Disco Music e seus sucessos,
temos a ótima “Barcelona” (lembrando
que, na época, era comum o uso de elementos dançantes em quase tudo para ganhar
o mercado). Pulando de volta ao Pop com certo toque de AOR, temos a beleza de “Winged and Serpentine”, com mais
expressão das guitarras. E “The Last of
the Independent Romantics” vem derrubar nossa resistência com mais Pop/AOR
tímpanos adentro. Ah, sim: a versão nacional ainda tem um bônus, “Marjorie”.
Podem confiar no THE
NIGHT FLIGHT ORCHESTRA, e acreditem: “Sometimes
the World Ain’t Enough” não é apenas um dos grandes discos do ano, mas poderia
ser um tiro tanto no SOILWORK como
no WITCHERY, ARCH ENEMY e SPIRITUAL BEGGARS, pois poderiam perder
seus músicos (para quem não sabem, o sexteto é um projeto do vocalista Björn Strid do primeiro grupo com o baixista Sharlee D’Angelo, que toca nos três últimos).
E depois que se termina de ouvir esse disco, soa nos ouvidos
a voz dizendo “eu avisei...” (citação ao colega Ricardo Batalha, da Roadie Crew, quando se fala nesse disco).