Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: The Sign Records
Importado
Tracklist:
1. Like an
Animal
2. No Law City
3. I’m Paranoid
4. Playing with
Death
5. Real Fighter
6. Talk Shit
and Get Hit
7. Final
Sentence
8. Rosa María
9. World Eyes
on Me
10. Love Is
Hard
11. The Crown
Banda:
Elena Zodiac - Vocais
Patricia Strutter - Guitarras
Motorcycle Marina - Baixo
Dani Vera - Bateria
Ficha Técnica:
Ola Ersfjord - Produção
Magnus Lindberg - Masterização
Contatos:
Site Oficial: http://www.freewebstore.org/lizzies
Facebook: https://www.facebook.com/thelizzies/
Assessoria: https://holycuervo.com/ (Holy Cuervo)
E-mail: paco@holycuervo.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Muitas vezes, devido à
distância, e mesmo à fixação com nomes grandes, deixamos de perceber quando
bandas jovens de ótima qualidade nos passam despercebidas. E o cenário espanhol
tem se mostrado cada vez mais interessante, com nomes surgindo em todos os
cantos do país. E direto de Madrid, vem o ótimo quarteto LIZZIES, que nos
chega com seu segundo disco, “On Thin Ice”, que nos deixa boquiabertos.
Composto de 3 moças e um homem (o baterista), o quarteto nos chegam com um Heavy Metal tradicional de primeira
qualidade, mas com ótimas linhas melódicas advindas do Hard Rock clássico. O
trabalho do grupo nos remete diretamente à NWOBHM, em especial a nomes como SAXON,
DIAMOND HEAD e TYGERS OF PAN TANG, mas sem que seja uma cópia desses
nomes. Nada disso, e se preparem: as melodias de fácil assimilação e refrãos
que o quarteto cria são extremamente simples de serem assimilados, e entram
pelos ouvidos e não saem mais. É ouvir e sair cantando, não tem jeito.
Falando da produção
sonora: o grupo foi buscar nas mãos de Ola Ersfjord e Magnus Lindberg
a experiência necessária para gerarem a qualidade sonora desejada. Mantendo
uma estética mais limpa, fica óbvio que escolheram algo que soasse orgânico e
simples, como se a banda apenas ligasse os instrumentos em amplificadores
valvulados e tocasse suas composições. Os timbres foram escolhidos de maneira
que fossem os mais orgânicos possíveis, aparentando usarem bateria acústica e
pedais simples nas guitarras. Tudo para que ficasse cru, mas que soasse limpo.
Musicalmente, o LIZZIES
mostra maturidade, e “On Thin Ice” acaba virando vício, pois quanto mais
se ouve, mas se gosta e mais se quer ouvir esse disco. Fruto de canções
espontâneas, lapidadas de uma forma que a espontaneidade não fosse obliterada,
e ao mesmo tempo, mantiveram uma boa dose de acessibilidade musical.
Podemos garantir que todas
as 11 faixas do disco são de primeira, mas a energia crua e envolvente de “Like
an Animal” (reparem como as linhas vocais nos lembram de timbres próximos
aos de Sean Harris), o Hard ‘n’ Roll tentador de “No Law City” (ótimos
riffs de guitarra, que primam pelo peso e “feeling”, e não pela técnica), o
peso acessível à lá JUDAS PRIEST/SAXON dos anos 80 apresentado em “I’m
Paranoid” (se o refrão não te seduzir, você é surdo) e de “Playing with
Death” (certo toque azedo à lá BLACK SABBATH surge aqui e ali em
termos de baixo e bateria pesados), “Real Fighter” (nesse, se percebe
uma estética quase Post Punk em certos arranjos da guitarra e nos andamentos),
a energia crua e seca de “Talk Shit and Get Hit”, a ambientação mais soturna
e pesada de “Final Sentence” (os vocais estão muito bem)... Ah, querem
saber e uma coisa? Ouçam o disco inteiro, não dá para ficar destacando. É uma
experiência maravilhosa para os ouvidos, acreditem!
Mesmo sem estarem fazendo
algo inédito, o grupo têm muito futuro, logo, ouçam “On Thin Ice” no
volume mais alto possível e vejam o que o LIZZIES tem ara mostrar.
Nota: 93%
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