sexta-feira, 21 de setembro de 2018

WITHERFALL - A Prelude to Sorrow


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Importado


Tracklist:

1. A Prelude to Sorrow
2. We Are Nothing
3. Moment of Silence
4. Communion of the Wicked
5. Maridian’s Visitation
6. Shadows
7. Ode to Despair
8. The Call
9. Vintage
10. Epilogue


Banda:


Joseph Michael - Vocais, teclados
Jake Dreyer - Guitarras
Fili Bibiano - Guitarras
Anthony Crawford - Baixo
Steve Bolognese - Bateria


Ficha Técnica:

Zeuss - Mixagem, masterização
Kristian Wåhlin - Artwork


Contatos:

Site Oficial: www.witherfall.com
Assessoria:
E-mail:

Texto: “Metal Mark” Garcia


Quando analisamos discos e bandas do que chamamos de Prog Metal, é preciso ter cuidado: a diversidade de possibilidades musicais é enorme, logo, o rótulo é insuficiente para definir tudo que pode nos esperar em um disco. E o quinteto norte-americano WITHERFALL vem nos desafiar com seu Segundo álbum “A Prelude to Sorrow”.

Basicamente, é uma mistura de Heavy/Prog Metal com o bom e velho U.S. Metal dos anos 80. Ou seja, temos uma banda que segue uma linha em que estão nomes como FIFTH ANGEL, MALICE, TYRANT, NEVERMORE, SANCTUARY e outros, mas com um jeitão agressivo e moderno à lá SYMPHONY X. Mas não se iludam: estes nomes servem apenas para referência, pois o quinteto mostra personalidade e peso, algo bem consensual e coeso. Partes pesadas e bem trabalhadas são contrastadas vez por outras com momentos mais introspectivos (como se pode ouvir na longa “We Are Nothing”), e se preparem, pois além de um instrumental bem trabalhado e criativo, temos vocais que vão de timbres mais rasgados e ternos até gritos agudos. E sim, o disco é excelente!

Ao vermos o nome de Chris “Zeuss” Harris na mixagem e masterização, fica óbvio o motivo de uma sonoridade agressiva, moderna e bem acabada, mas extremamente limpa. Sim, tanto agressividade como limpeza foram balanceadas de forma salutar, dando ao quinteto tudo que é preciso para que as canções de “A Prelude to Sorrow” funcionem bem. Traduzindo: é a qualidade sonora correta para o disco. E, além disso, as mãos de Kristian Wåhlin criaram uma capa interessante, e que devido à falta de firulas, nos permite manter a concentração apenas na música.

O WITHERFALL nos mostra um trabalho musical sólido, maduro e coeso, que inclusive tem partes influenciadas por Metal extremo (basta ouvir os “blast beats” de “Moments of Silence” para entenderem o que eu digo), mas sempre com ótima técnica, que por sua vez, é consequência do que o grupo faz musicalmente. E acreditem: é sólido como uma rocha, e empolgante demais (como em geral ocorre com bandas de U.S. Metal).

A violência sonora cheia de melodias e partes bem trabalhadas em “We Are Nothing” (mais de 11 minutos de puro êxtase musical, com ótimos vocais e guitarras fenomenais), a agressividade exposta de “Moment of Silence” e suas partes brutais (novamente, reparem nos “blast beats” extremos da bateria, e o baixo mostra-se firme para segurar a base rítmica do grupo), o casamento perfeito entre técnica, partes mais lentas e outras mais pesadas ouvido em “Communion of the Wicked” (as guitarras roubam a cena), o clima denso e melancólico de “Maridian’s Visitation” (como o baixo evolui bem, mostrando toques jazzísticos muito interessantes), o peso mamutesco e diversificado em termos de ritmo de “Shadows” (os vocais são excelentes, mostrando uma diversidade de timbres que nos lembram do saudoso Warrel Dane) e de “Ode to Despair” (mais uma vez, guitarras maravilhosas, com riffs de primeira), e a arrasa-quarteirão “Vintage” (novamente, devido à mudanças de ritmo, baixo e bateria se destacam bastante).

Sinceramente, “A Prelude to Sorrow” é um disco de primeira, e o WITHERFALL tem tudo para crescer cada vez mais. E assim, o U. S. Metal volta com tudo!

Nota: 98%

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