sexta-feira, 5 de outubro de 2018

IBRIDOMA - City of Ruins



Ano: 2018
Tipo: Full Length
Importado


Tracklist:

1. Sadness Comes
2. Evil Wind
3. T.F.U.
4. Di Nuovo Inverno
5. City of Ruins
6. Angel of War
7. My Nightmares
8. Fragile
9. Terminator
10. I'm Broken


Banda:


Christian Bartolacci - Vocais
Marco Vitali - Guitarras
Sebastiano Ciccalè - Guitarras
Leonardo Ciccarelli - Baixo
Alessandro Morroni - Bateria


Ficha Técnica:

Mauro Mancinelli - Gravação
Simone Mularoni - Mixagem
Gustavo Sazes - Arte da capa


Contatos:

Assessoria:
E-mail:

Texto: “Metal Mark” Garcia


Nos dias atuais, é difícil de termos bandas de Heavy Metal tradicional que não sofram mutações conforme vão lançando discos. A evolução é parte do contexto em que a humanidade vive, e seja consciente ou inconscientemente, não há como deter esta que é a força motriz de nossa existência. Por isso, é sempre um enorme prazer ouvir o quinteto italiano IBRIDOMA. Desta vez, eles chegam com seu mais novo trabalho, o quarto “full length” da banda, chamado “City of Ruins”.

Ainda sendo uma banda com ambos os pés bem firmes em uma forma moderna e melodiosa de ser fazer Heavy Metal tradicional com claras influências de JUDAS PRIEST e IRON MAIDEN, fica óbvio que deram um passo adiante. Se em “December” (disco anterior) havia um toque extra de melancolia no disco, em “City of Ruins” se percebe a banda voltando a ter um enfoque melódico mais positivo e mesmo introspectivo, inclusive com certas nuances mais agressivas. Continua bem equilibrado entre melodia e peso, apenas com um trabalho não tão denso em termos de sentimentos, e é muito agradável aos ouvidos, sem mencionar que o quinteto continua esbanjando muita energia em suas canções, e sempre acertando a mão em cada refrão.

Resumindo: “City of Ruins” é um disco com uma ambientação mais positiva, e inclusive cativante.

Um dos detalhes mais interessantes da sonoridade é que as guitarras soam bem mais agressivas que antes. Sim, os timbres estão bem mais secos e brutos, privilegiando a agressividade, mas sem obliterar o lado melódico do grupo. Além disso, a gravação, mixagem e masterização garantem que tudo pode ser ouvido sem nenhum esforço extra, pois todos os instrumentos estão claros. E a arte da capa, feita pelo artista Gustavo Sazes, ficou ótima, dando um charme a mais ao trabalho.

Sempre buscando novos horizontes musicais sem perder sua essência, o IBRIDOMA nos mostra uma dinâmica perfeita de arranjos (que se encaixam uns nos outros como um quebra-cabeça), os vocais assentam maravilhosamente bem nas linhas instrumentais, e tudo soando pesado e cativante a cada momento. Além disso, o quinteto sabe compor melodias que entram em nossos ouvidos e não saem mais. E mesmo sem ser um grupo que venha para inovar o Heavy Metal, chegam com força para terem seu devido reconhecimento.

A solidez desse álbum pode ser comprovada na força melódica de Sadness Comes” (timbragem moderna, peso em um ritmo não muito veloz, e um trabalho ótimo dos vocais, que exploram timbres diferentes de antes), a energia encorpada de “Evil Wind” (novamente a ambientação moderna é evidente, fora um refrão grudento e um trabalho de baixo e bateria muito bom), o ritmo Hard ‘n’ Heavy acessível de “T.F.U.” (vocais de primeira, uma marca da banda), o trabalho também acessível em termos de arranjos de “City of Ruins” (outra que tem uma influência maior de Hard Rock nas linhas melódicas, mas sempre com guitarras fazendo um trabalho primoroso), o peso instigante e dinâmico de “Fragile”, e a sensível “I’m Broken” (uma balada muito bonita e cheia de arranjos simples de se assimilar). Essas podem ser ditas os destaques do disco, embora a homogeneidade seja a marca evidente do IBRIDOMA.

Resta ainda dizer que “City of Ruins” é uma ótima opção para aqueles que buscam conhecer bandas novas que tenham trabalhos voltados ao Metal tradicional. Mas o IBRIDOMA é uma banda que qualquer fã de Metal deveria conhecer, verdade seja dita.

Nota: 91%

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