Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: LLMUSIC
Nacional
Tracklist:
1. Corsair
2. Deliver Us from
Evil
3. An Ace up my
Sleeve
4. Sweet Spot
5. My Private
Wallowtown
6. Half a Mind
7. Life Row
8. Raw Meat
9. Shoot to
Kill Me
10. Running
Errands With Mr. D
Banda:
Ricardo Cagliari - Vocais, guitarras e violões
Eduardo Assef - Baixo, baixo fretless
Gustavo
Gomes - Bateria, percussão
Ficha Técnica:
Contatos:
Site Oficial: http://livinglouderofficial.com/
Assessoria:
E-mail: livingloudermusic@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Muitos grupos estão surgindo agora devido à
tendência “back to the past” na linha dos anos 60 e 70. Muitos têm péssimas
experiências, pois rebuscar o passado pode ser tão ou mais difícil que tentar criar
algo inédito. Mas existem aqueles que fazem a diferença, pois nos brindam com
algo elegante e requintado, e de tanto bom gosto que é impossível não gostar. E
é o caso do trio LIVING LOUDER, que
nos chega com o seu segundo disco, “Corsair”,
uma autêntica lição de como se faz a coisa com personalidade.
De uma forma bem simples, o disco nos mostra um Heavy
Metal/Classic Rock bem orgânico e na veia de nomes como DEEP PURPLE e BLACK SABBATH
e outros, mas com uma aura vinda direta do Southern Rock à lá ALLMAN BROTHERS BAND, mais a energia
crua do AC/DC, e outras influências
diversificadas que criam algo cheio de energia, mas espontâneo e que tem aquele
jeitão elegante e denso dos anos 70. Mas não pensem que soa datado, nem de
longe é assim: existe uma estética atualizada que salta aos olhos, além de
melodias de fácil assimilação que grudam em nossos ouvidos e mentes. Além
disso, o nível técnico da banda é muito bom, embora evitem exageros que
destoariam de sua proposta musical.
Simplificando em poucas palavras, “Corsair” é o típico discão que ouvimos
e não esquecemos mais.
A produção é de muito boa qualidade, pois a
impressão que temos é de algo “plug ‘n’ play”, ou seja, que a banda entrou no
estúdio, plugou os instrumentos em amplificadores valvulados, regulou como
queriam e mandou sem se preocuparem com mais nada. Dessa forma, a qualidade
transparece algo orgânico, mas se percebe que a estética usada não foi aquela em
que se emula o que foi feito no passado. Longe disso, o trabalho soa atual, bem
feito, mas com aquele toque sujo essencial. Até a arte da capa, imitando detalhes de uma capa de disco de vinil, ficou ótima, paralela à proposta musical do grupo.
De forma clássica, o Classic Rock/Metal do LIVING LOUDER vai sendo exibido em cada
canção de “Corsair”, e se percebe
que o talento do trio é latente. Sim, pois não é algo forçado, mas que flui
deles de forma bem natural, que vem do coração. Os arranjos são de uma sedução
enorme, se encaixando uns nos outros perfeitamente (reparem nos “slides” bem
pensados em “Deliver Us From Evil”
para terem uma ideia). Alto, sujo na proporção certa e tecendo linhas melódicas
de primeira, é impossível não ficar grudado nesse disco!
“Corsair” mostra uma
enorme espontaneidade e um andamento mezzo
Metal, mezzo Southern Rock, adornado
com ótimas guitarras. Já exibindo um “feeling” pesado e denso, “Deliver us
From Evil” é cheia de melodias charmosas e um refrão de primeira (sem
contar o trabalho peso-pesado de baixo e bateria). Mostrando uma aura
Blues/Rock à lá DEEP PURPLE, temos “An Ace up my Sleeve”, outra
boa mostra da técnica da banda (em especial nos riffs de guitarra e backing
vocals). Mais solta e com boa dose de Pop Rock setentista, temos “Sweet Spot”,
um dos momentos mais acessíveis do disco, onde se percebe que o vocal usa um
belo “set” de timbres. “My Private Wallowtown” dá sequência aos momentos
de maior facilidade, mas já usando arranjos mais voltados ao Hard Rock
clássico, além de mostrar arranjos mais simples. Com um peso mais Country
Rock/Southern clássico, temos “Half a Mind”, onde as melodias dos riffs
surgem de forma bem espontânea (mas reparem no uso de violões no início). Outra
que nos trás o clima Blues/Southern é “Life Row”, com sua pegada cheia
de energia crua, além de baixo e bateria mostrarem peso e técnica. “Raw Meat”
é daquelas que se ouve e não se esquece mais, justamente pelo uso de uma
estética mais simples, mas com um trabalho técnico ótimo das guitarras. E “Shoot
to Kill Me” e “Running Errands With Mr. D” são típicos rockões que
chegam fechando o disco com chave de ouro, ambas exibindo excelente dinâmica
entre os instrumentos musicais e vocais.
Óbvio que o LIVING
LOUDER pode fazer ainda melhor, fica claro que “Corsair” mostra que
eles têm muita lenha para queimar. Mas também é evidente que eles fazem bem
mais bonito que 70% das bandas gringas do estilo.
Ah, você duvida? Ouça disco, e
boa viagem!
Nota: 91%
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