Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Importado
Tracklist:
1. The Last
Light
2. Cold Embrace
3. My Empty
Grave
4. Eye of the
Storm
5. Path to
Eternity
6. All the Same
7. Isolation
Banda:
Ristridi
- Guitarras, baixo
Ficha Técnica:
Jonathan
Rittirsch - Vocais
Maximilian Birkl - Letras
Chris
Dovas - Bateria
Ristridi
- Produção, mixagem, masterização
Contatos:
Site Oficial: http://isolation.ristridi.de
Assessoria: http://metalmessage.de
(Metalmessage)
E-mail: ristridi@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Desde que o Black Metal ressurgiu no underground
europeu no início dos anos 90, duas características chamavam a atenção: a
diversidade musical que o estilo ganhara, e a quantidade de projetos paralelos
de músicos de várias bandas. No fundo, ambas eram frutos de um processo
evolutivo, e que até hoje são vistas com frequência dentro do gênero. Por isso,
não é de se estranhar um trabalho como o do OMEGA POINT, da Alemanha, mostre tais fatores de forma tão
evidentes em “Isolation”, seu
segundo disco.
No caso, o OMEGA
POINT é um projeto do guitarrista Ristridi
(Michael Wöss), que é focado em um Progressive Black Metal eclético e cheio
de influências musicais vindas de outros gêneros do Metal. Nessa empreitada,
ele tem o talento do baterista norte-americano Chris Dovas (do grupo de Symphonic Metal SEVEN SPIRES), do baixista Maximilian
Birkl e do vocalista Jonathan Rittirsch (que cantou no primeiro disco do grupo, “The Descent”, mas que neste
assumiu todos os vocais).
Basicamente, o trabalho do
quarteto se assemelha um pouco os trabalhos do VINTERSORG, só que mais
voltado ao Black Metal. Mas ao mesmo tempo, se percebem linhas melódicas bem
trabalhadas e carregadas de feeling. Embora sem rebuscar exageradamente na
técnica (o que comprometeria a acessibilidade de suas canções), os músicos do OMEGA
POINT mostram ótimo domínio de seus instrumentos, mas apenas para dar camadas
musicais criativas a cada canção. A energia é cativante, além das melodias
serem ótimas.
No que tange à produção, o trabalho de Ristridi é muito bom. Sabendo
equilibrar agressividade e melodias nas devidas proporções, tudo soa claro e
com a típica timbragem que se espera do Black Metal, mas bem feita, fugindo da “estética
do feio” que predomina em bandas que buscam algo mais primordial. Pesado, bruto
e melodioso, mas com um nível de clareza ótimo.
Nas sete canções de “Isolation” se percebe a maturidade de um grupo que realmente sabe
transformar o potencial musical que possui em algo de alto nível. Melodias bem
compostas se aliam a arranjos musicais muito bons. Tudo funciona como um
relógio, sem ser excessivo ou faltar algo em meio a tantas camadas musicais inspiradas.
Todas as canções de “Isolation” são ótimas, mas destacam-se a brutal e melancólica “The
Last Light” com seu
andamento veloz e intervenções de vocais limpos em meio à uma saraivada de
riffs insanos; as mudanças de tempo e pegada melodiosa de “Cold Embrace” (a
técnica de baixo e bateria está ótima) e em “My Empty Grave”; o
jeito melodioso “Old School” de “Path to Eternity” (os vocais realmente
se diferenciam bastante da maioria das bandas do gênero) e de “Isolation”.
Um grupo muito bom e
promissor, mesmo sendo um projeto. Logo, esperamos que o OMEGA POINT
continue sua luta, pois o que se ouve em “Isolation” é algo de alto
nível.
Nota: 92%
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