segunda-feira, 22 de outubro de 2018

OMEGA POINT - Isolation


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Importado


Tracklist:

1. The Last Light
2. Cold Embrace
3. My Empty Grave
4. Eye of the Storm
5. Path to Eternity
6. All the Same
7. Isolation


Banda:


Ristridi - Guitarras, baixo


Ficha Técnica:

Jonathan Rittirsch - Vocais
Maximilian Birkl - Letras
Chris Dovas - Bateria
Ristridi - Produção, mixagem, masterização


Contatos:

Assessoria: http://metalmessage.de (Metalmessage)

Texto: “Metal Mark” Garcia


Desde que o Black Metal ressurgiu no underground europeu no início dos anos 90, duas características chamavam a atenção: a diversidade musical que o estilo ganhara, e a quantidade de projetos paralelos de músicos de várias bandas. No fundo, ambas eram frutos de um processo evolutivo, e que até hoje são vistas com frequência dentro do gênero. Por isso, não é de se estranhar um trabalho como o do OMEGA POINT, da Alemanha, mostre tais fatores de forma tão evidentes em “Isolation”, seu segundo disco.

No caso, o OMEGA POINT é um projeto do guitarrista Ristridi (Michael Wöss), que é focado em um Progressive Black Metal eclético e cheio de influências musicais vindas de outros gêneros do Metal. Nessa empreitada, ele tem o talento do baterista norte-americano Chris Dovas (do grupo de Symphonic Metal SEVEN SPIRES), do baixista Maximilian Birkl e do vocalista Jonathan Rittirsch (que cantou no primeiro disco do grupo, “The Descent”, mas que neste assumiu todos os vocais).

Basicamente, o trabalho do quarteto se assemelha um pouco os trabalhos do VINTERSORG, só que mais voltado ao Black Metal. Mas ao mesmo tempo, se percebem linhas melódicas bem trabalhadas e carregadas de feeling. Embora sem rebuscar exageradamente na técnica (o que comprometeria a acessibilidade de suas canções), os músicos do OMEGA POINT mostram ótimo domínio de seus instrumentos, mas apenas para dar camadas musicais criativas a cada canção. A energia é cativante, além das melodias serem ótimas.  

No que tange à produção, o trabalho de Ristridi é muito bom. Sabendo equilibrar agressividade e melodias nas devidas proporções, tudo soa claro e com a típica timbragem que se espera do Black Metal, mas bem feita, fugindo da “estética do feio” que predomina em bandas que buscam algo mais primordial. Pesado, bruto e melodioso, mas com um nível de clareza ótimo.

Nas sete canções de “Isolation” se percebe a maturidade de um grupo que realmente sabe transformar o potencial musical que possui em algo de alto nível. Melodias bem compostas se aliam a arranjos musicais muito bons. Tudo funciona como um relógio, sem ser excessivo ou faltar algo em meio a tantas camadas musicais inspiradas.

Todas as canções de “Isolation” são ótimas, mas destacam-se a brutal e melancólica The Last Light” com seu andamento veloz e intervenções de vocais limpos em meio à uma saraivada de riffs insanos; as mudanças de tempo e pegada melodiosa de “Cold Embrace” (a técnica de baixo e bateria está ótima) e em “My Empty Grave”; o jeito melodioso “Old School” de “Path to Eternity” (os vocais realmente se diferenciam bastante da maioria das bandas do gênero) e de “Isolation”.

Um grupo muito bom e promissor, mesmo sendo um projeto. Logo, esperamos que o OMEGA POINT continue sua luta, pois o que se ouve em “Isolation” é algo de alto nível.

Nota: 92%

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