Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Socoloski
Recordings
Nacional
Tracklist:
1. Twilight of Mankind
2. The Red Domain
3. Witch
4. Dying Star
5. Cease to Exist
6. Arcane Progeny
Banda:
Anticrist
- Vocais
War
- Guitarras
Famine
- Guitarras
Plague
- Baixo
Death - Bateria
Ficha Técnica:
Contatos:
Assessoria:
E-mail: contato@maskofsemblant.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
O chamado Rock Teatral deixou profundas marcas no
Metal, e podemos dizer que muito de sua apresentação chocante pode ser vista em
todas as vertentes do estilo. Não é de estranhar que, vez por outra, isso seja
levado às últimas consequências. Infelizmente, muitos usam do recurso para encobrir
a falta de criatividade musical, o que não é o caso do MASK OF SEMBLANT, quinteto de Florianópolis, que retorna com seu
segundo “release”: o EP “Dead Tales”.
Em relação ao que se houve no trabalho anterior (o
EP “Existance”, de 2017), a banda
mostra amadurecimento. O Melodic/Progressive Death Metal do grupo (que tem “inserts”
de Black Metal aqui e ali) continua agressivo até os ossos, mas agora, as
melodias ficaram melhor definidas, bem como tudo soa coeso, cheio de peso e
energia, além de elementos que encaixaram como uma luva (em especial os vocais
limpos, um recurso que estão usando cada vez melhor). Ou seja, por trás das roupas,
máscaras e anonimato, existem mentes pensantes capazes de criar música de alto
nível. E digamos de passagem: se eu não fosse dito que são do Brasil, o ouvinte
teria a impressão de estar ouvindo um grupo gringo, com certeza.
A produção do EP acertou a mão, sabendo dar uma
sonoridade bem equilibrada a uma identidade musical tão diversificada e cheia
de contrastes. Tudo soa limpo e bem definido, mas ao mesmo tempo, quando o
grupo resolve pegar pesado e agressivo, nada se altera no equilíbrio de peso, agressividade
e limpeza, e ainda conseguem manter as melodias bem claras (graças aos timbres
usados nos instrumentos musicais).
O amadurecimento que o quinteto mostra depois de um
ano é bem grande, pois como os arranjos musicais evoluíram. Agora, tudo se
encaixa com maestria, tudo funciona, e mesmo com um estilo que não é lá muito
novo, eles conseguem impressionar o ouvinte. E como o disco nos seduz conforme
nossos sentidos vão sendo despertados.
Embora não esteja listado, existem muitos momentos
em que teclados sinistros dão uma ambientação soturna às canções. Usando de um
andamento mais refreado, belos arranjos nas guitarras e nos teclados, mais
contrastes entre vozes urradas e tons limpos, temos “Twilight of Mankind” (que tem um toque de melancolia bem
evidente), seguida da esmaga crânios “The Red Domain”, onde o andamento
continua lento, mas com uma pegada empolgante e boa técnica na base baixo-bateria.
Abrasiva e intensa é “Witch”, recheada por vocais insanos e alguns arranjos
musicais de estilos mais modernos de Metal (fora belos solos e timbres limpos
de voz), mesmos elementos de “Dying Star”. Em “Cease to Exist”, também
temos algumas referências a gêneros mais modernos graças às guitarras
despejando riffs distorcidos em afinação mais baixa, além de momentos bem
climáticos e melancólicos. E fechando o EP, vem a trituradora de ossos “Arcane
Progeny” e seu jeito criado sobre contrastes de partes brutais e outras
mais melodiosas.
Definitivamente, o MASK OF SEMBLANT já deveria começar a pensar em gravar um “full
length”. Mas até lá, “Dead Tales” é
um ótimo aperitivo.
Nota: 93%
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