Ano: 2018
Tipo: Full
Length
Selo: Mindscrape Records
Nacional
Tracklist:
1. Willard Suitcases
2. Antífona
3. Maestro
4. Inanição
5. Punhais Longos, Cortes Profundos
6. A Cadela de Buchenwald
7. Occipício
8. A Alvorada das Hienas
9. S-21
10. Before my
Turn, Agonizing
11. Entropia
Humana Final
Banda:
Cláudio
Rovel - Vocais
Alysson
Irala - Guitarras
Wenttor
Collete - Guitarras
Daniel
Franco - Baixo
Jefferson
Verdani - Bateria
Ficha Técnica:
Alysson
Irala - Produção, mixagem, masterização
Guilherme
“Luxyahak” Medina - Vocals limpos “em Inanição”
Wenttor Collete - Teclados em “Entropia Humana
Final”
Tersis Zonato -
Artwork
Contatos:
Site Oficial:
Assessoria: http://sanguefrioproducoes.com/artistas/SAD+THEORY/62
(Sangue Frio Produções)
E-mail: sadtheoryofficial@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
A história do Metal brasileiro não é feita apenas de
nomes gigantes ou médios. Mais de 80% das bandas do país vivem relegadas ao
underground, e mesmo serem enormes em suas regiões, mas que devido às dificuldades
causadas pelas grandes distâncias e falta de economia decente, acabam ficando
restritas aos cenários de suas cidades/estados. E isso é uma pena, pois bandas
como o SAD THEORY, um veterano de 20
anos de lutas em Curitiba (PR) merece respeito. Que o diga o novo disco do
grupo, “Entropia Humana Final”.
Fazendo algo que podemos
dizer que transita entre o Technical/Melodic Death Metal com algumas suaves nuances
de Thrash Metal, o grupo mostra um trabalho musical bem pensado, criado sob uma
identidade sonora forjada por lutas, sucessos e insucessos dentro da cena. E
sendo o sexto álbum do grupo, se percebe que é uma musicalidade madura, calcada
em muitas influências dos anos 8 e 90, mas com personalidade e energia de
sobra, tudo sob uma base sonora formada pela homogeneidade entre os instrumentos
musicais e vocais (ou seja, todos possuem o mesmo destaque e valor em termos de
composição).
Sim, “Entropia Humana
Final” é um disco muito bom.
A sonoridade do disco
ficou bem muito bom nível, pois tudo é compreensível aos ouvidos, mostrando um
trabalho bem feito em termos de mixagem e masterização. É bruto e bem feito,
com uma timbragem instrumental muito boa. Peso, energia e agressividade
alinhados de forma a tornarem o disco um autêntico murro nos ouvidos mais
incautos.
Na parte de arte gráfica,
capa e ilustrações do encarte usam tons mais sombrios, já que a mensagem das
letras da banda é dura (mas baseadas inclusive na literatura, como mencionado no
encarte).
O SAD THEORY sabe
balancear muito bem os aspectos sonoros de seu trabalho. Sem focar mais nas
melodias ou na agressividade, eles conseguem mostrar algo diferenciado em um
cenário musical onde as velhas fórmulas já foram gastas pelo uso excessivo.
Arranjos dinâmicos criam partes musicais que se encaixam como um quebra-cabeça,
e quem ganha com isso é o ouvinte. Aliás, é preciso dizer que muito da música
do quinteto aglutina influências mais modernas, e assim, a música da banda não
soa datada em momento algum.
Em 11 músicas, o grupo
mostra enorme coesão, e que a experiência musical aliada ao bom gosto imperou
na composição de cada uma delas. E destacam-se “Willard Suitcases” (o
peso agressivo do Death/Thrash Metal é intenso, mas próximos ao refrão, surgem
melodias excelentes, e que guitarras ótimas em riffs e solos), “Maestro”
(partes técnicas ótimas de baixo e bateria, que mantém uma base rítmica sólida
e muito pesada), “Inanição” (belos vocais limpos contrastando com os
guturais, sem contar que o andamento lento privilegia o lado mais pesado e
melódico do grupo), “A Cadela de Buchenwald” (cheia de variações de
riffs, e outra que transita entre a brutalidade e melodias de forma incrível), “Occipício”
(um andamento dinâmico e que gruda em nossos ouvidos, nos levando a balançar a
cabeça sem nem mesmo percebemos, e isso sem perder o “approach” técnico), “A
Alvorada das Hienas” (curta, grossa, mas cheia de alinhavos melódicos
fortes no meio de tanta agressividade), e a versão da banda para “Before my
Turn, Agonizing”, do grupo paranaense INFERNAL (que ganhou uma vida
nova e um alinhavo mais melodioso, mas respeitando sua estrutura original). E a
longa e trabalhada instrumental “Entropia Humana Final” é excelente
(mesmo depois de um longo silêncio, temos uma parte de cordas ótima).
A verdade é: todo fã de
Metal do Brasil deveria dar uma chance a si mesmo e conhecer o trabalho do SAD
THEORY. “Entropia Humana Final” justifica estas palavras.
Nota: 85%
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