Ano: 2014 (lançamento) / 2018 (relançamento)
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. Deathrider
2. Metal
Thrashing Mad
3. Caught in a
Mosh
4. A.I.R.
5. Among the
Living
6. Keep It in
the Family
7. Indians
8. Madhouse
9. Panic
10. I Am the
Law
11. Belly of
the Beast
12. N.F.L.
13. Be All End
All
14. Gung-Ho
Banda:
John
Bush - Vocais
Rob
Caggiano - Guitarra solo
Scott
Ian - Guitarra base, vocais, guitarra solo em “Panic” e “Anthrax”
Frank Bello - Baixo, backing vocals
Charlie Benante - Bateria
Ficha Técnica:
Anthrax - Produção
Rob Caggiano - Engenharia de som, mixagem
Anthony Ruotolo - Engenharia de som
Michael Rich - Engenharia de som
Joey Vera - Engenharia de som
Contatos:
Site Oficial: http://www.anthrax.com/
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal Mark” Garcia
Fazer discos de regravações é sempre lidar com o
perigo. E quanto maior e mais importante a banda, isso vai ganhando contornos
de tragédia, especialmente se houveram mudanças de formação. Mas existem bandas
que mostram os dentes e encaram sem medos desafios. O ANTHRAX nunca foi comodista, logo, ouvir o trabalho da banda em “The Greater of Two Evils”, relançado
pela Shinigami Records em parceria
com a Nuclear Blast Brasil, é um
enorme prazer.
O que este disco tem, afinal de contas?
Na realidade, “The
Greater of Two Evils” é um gravado “ao vivo em estúdio”, com músicas clássicas
que foram votadas pelos fãs na época pelo site do quinteto. O mais interessante
é notar que a formação da época fez bonito em velhas canções, mantendo suas
características originais, mas impondo suas personalidades, trazendo assim uma
vida nova ao que já era ótimo. E um dos pontos mais fortes é perceber como
músicas das fases de Neil Turbin e Joey Belladonna. Sim, temos faixas que
estiveram em todos os discos do grupo de vocalista que gravou “Fistful of Metal” (de 1984) até “Persistence of Time” (de 1990). E como
a banda já estava em alta mais uma vez com os fãs de Thrash Metal devido ao
sucesso de “We’ve Come for You All”, não tinha como dar errado.
Desta forma, “The
Greater of Two Evils” é um disco moderno, pesado, mas que honra o passado
do grupo.
Produzido pelo próprio quinteto, o disco tem as
mãos de Rob Caggiano na mixagem,
levando em conta que a espontaneidade e “feeling” orgânico não fossem perdidos.
Mas ao mesmo tempo, se compreende o que a banda toca claramente, mesmo tendo em
mente que os timbres instrumentais são bem “plug ‘n’ play”, ou seja, a banda
entrou, regulou seus instrumentos e tocou sem ter compromisso algum com
infinitas edições digitais posteriores (se percebe isso claramente durante as
partes de solos de “Caught in a Mosh”, pois só existe uma linha de guitarra
base, nada mais que isso). E a arte da capa, como sempre, mostra algo diferente
do universo do Thrash Metal, ou seja, nada de referências a temas sociais ou
capetarias.
O fato é: “The Greater of Two Evils”
marca um novo tempo para o quinteto, uma vez que é o último registro dessa
formação (o vocalista John Bush
sairia da banda em 2005, e apesar de participar de shows entre 2009 e 2010, não
mais gravou discos de estúdio com o grupo), pois apesar do jeito moderno, este
disco reaproximou o ANTHRAX de suas
raízes, de sua musicalidade característica e conhecida por seus fãs.
E sobre as músicas, óbvio que sempre vai ter aquele
papo de “ah, faltou essa”. Mas será que o grupo teria como realmente cumprir o
desejo de todos?
No mais, é preciso dizer que a abordagem para
velhos clássicos como a insana “Deathrider” (cheia de passagens quebradas e com vocais vigorosos, mas mantendo a
energia insana de antes intocada), a simplicidade cheia de energia de “Metal
Thrashing Mad” (primeiro clássico do grupo entre fãs e críticas, e o solo
de guitarras ficou de primeira nessa repaginada), os tempos insanos de “Caught
in a Mosh” (onde o trabalho de baixo e bateria é de primeira, fora os vocais
e backing vocals tão legais) e em “A.I.R.”, a energia de “Keep It in
the Family” (digamos que essa versão consegue finalmente colocar tudo que a
canção poderia para fora), a trinca de ouro formada pelas clássicas “Indians”
(onde alguns arranjos de bateria são novos), “Madhouse” (as
guitarras mantém aquele jeito insano e melodioso da original, sem falar que o
baixo está brilhante) e “Panic” (com aquele jeitão Heavy/Power Metal
seminal da primeira metade dos anos 80 ainda presente, apenas com uma roupagem
mais atual), o hino “I Am the Law” (espero que todos lembrem que ela é
uma homenagem ao Judge Dredd, célebre personagem de quadrinhos), e a
passagem bombástica de “N.F.L.” e “Gung-Ho”. Óbvio que todas as
outras são perfeitas, clássicos que marcaram a vida de muitos, e essa lista
serve de mera referência.
A verdade é que “The Greater of Two Evils” nasceu para reconectar o ANTHRAX com eles mesmos, mostrar que
poderiam ir adiante, mas sem abandonar seu passado cheio de glória.
Ouçam até sangrarem os ouvidos, pois esse disco
merece!
Nota: 100%
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