Ano: 2017 (Lançamento original) / 2019 (Lançamento brasileiro)
Tipo: Full Length
Selo: Shinigami Records / Nuclear Blast Brasil
Nacional
Tracklist:
1. Wir Sind Zurück
2. Der Rote Reiter
3. Auf Und Nieder
4. Folgt Uns
5. Hört Mich An
6. The Great Experience of Ecstasy
7. Franz Weiss
8. Die Freiheit Ist Eine Pflicht
9. Herz In Flammen
10. Brüder Auf Leben Und Tod
11. Ich Bin Weg
12. Ich Nehm Dir Deine Welt
13. Ich Werd Bleiben
Banda:
Fuchs - Vocais, guitarras
Ady - Guitarras
Volk-Man - Baixo
Dr. Pest - Teclados
Sir G. - Bateria
Ficha Técnica:
Eike Freese - Mixagem, masterização, engenharia de som
Alexander Dietz - Mixagem, masterização, engenharia de som, vocais adicionais em “Folgt Uns” e “Franz Weiss”
Francesca Camilla Rossi - Vocais adicionais em “Die Freiheit Ist Eine Pflicht” e “Brüder Auf Leben Und Tod”
André Eichholz - Vocais adicionais em “Brüder Auf Leben Und Tod”
René Liedtke - Vocais adicionais em “Brüder Auf Leben Und Tod”
Contatos:
Site Oficial: www.reitermania.de
Facebook: www.facebook.com/reitermania
Instagram: https://www.instagram.com/reitermania/
Assessoria:
E-mail: mail@reitermania.de
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução: Seguir modelos musicais já
estabelecidos é fazer algo que pode ser previsto pelo ouvinte, ou seja, é algo
chato, sem surpresas. Nisso, alguns grupos sempre vêm desafiar nossos
instintos. Alguns fãs do “mais do mesmo” adoram depreciar quem faz isso, mas
para os de mente aberta e que buscam aqueles que criam algo, bandas como experiente
quinteto o alemão DIE APOKALYPTISCHEN
REITER são preciosas, e saberão como ninguém apreciar a beleza de “Der
Rote Reiter”, disco mais recente deles (lançado em 2017) que a Shinigami
Records trouxe para o Brasil graças à dobradinha com a Nuclear
Blast Brasil.
Análise geral: Se é a primeira vez que o leitor lida
com o D.A.R. (usemos uma sigla para
ajudar), é bom estar preparado para o nível de ecleticismo. A música do grupo
se baseia no uso de elementos das vertentes de Metal extremo, mais a adição de
melodias épicas (e mesmo alguns toques de Folk) e leves nuances de Metal Industrial
e de sonoridades modernas. Basicamente, é como fosse possível juntar AMON AMARTH, HEAVEN SHALL BURN, IN EXTREMO,
SLAYER, RAMMSTEIN, IMPALED NAZARENE, WATAIN e outros dentro de um liquidificador
musical, e saísse essa sonoridade forte, vigorosa, pesada, agressiva e permeada
de modernidade e bom gosto.
Sim, é algo
diferente, inovador e que faz bem aos ouvidos e corações!
Arranjos/composições: É bom que não se prender a uma fórmula
de abordagem no que tange “Der Roter Reiter”, pois a todo o
momento, algo diferente surge do nada, e tudo vira de ponta a cabeça. A
diferença é que eles conseguem fazer tudo soar coeso, consensual e, ao mesmo
tempo, rascante e sedutor.
A dinâmica entre
os arranjos é perfeita, fundamental para tamanha quantidade de influências
resultem em algo sólido. Não é apenas juntar um quebra-cabeça sonoro tão
diversificado, mas fazê-lo funcionar. E isso eles fazem com maestria.
DIE APOKALYPTISCHEN REITER |
Arte gráfica/capa: A capa do disco tem uma arte muito
bonita, evocando um lado mais épico, e com contrastes de cores bem simples.
Algo funcional e que deixa todas as atenções presas somente à música.
Destaques musicais: O D.A.R. criou um disco realmente fantástico. “Der Rote Reiter” é
diferente, e totalmente imprevisível. O que encontra em uma canção pode não ser
visto nas outras, mas sem que o grupo mostre-se dispersivo. Nada disso, existe
uma forte ligação entre as 13 canções do disco, e as melhores são:
“Wir Sind Zurück”: uma paulada que mistura elementos de Melodic
Death Metal, Industrial e muita adrenalina. As guitarras tecem riffs incríveis
e solos melódicos, acompanhadas de vocais agressivos incríveis.
“Der Rote Reiter”: as mudanças de ritmo são ótimas, com
vocais guturais ótimos, mas a beleza está justamente nas variações criadas por
baixo e bateria, que mostram muito boa técnica.
“Auf Und Nieder”: Mais melodiosa e ganchuda, certos
toques de Post Punk e Industrial se tornam mais evidentes, graças às linhas
harmônicas bem feitas e de extrema facilidade em serem assimiladas. Teclados
muito bem encaixados, sendo eles que criam a ambientação Industrial.
“Hört Mich An”: um dos momentos em que o lado
Industrial da banda fica evidenciado, com harmonias muito bem feitas, bons
contrastes entre os vocais normais e guturais. A ênfase nos teclados também
ficou ótima.
“The Great Experience of
Ecstasy”: a mais pura expressão do caos. Misturadas partes de
Black Metal à lá GORGOROTH com sequências
dadas em pianos sinistros e guitarras melodiosas.
“Franz Weiss”: um Hardcore melódico e acessível na
linha da escola alemã do gênero. É uma canção mais simples, direta e bem fácil
de ser consumida por fãs de música mais comum.
“Herz in Flammen”: outro momento do disco em que a banda
beira o Melodic Death Metal com uma ambientação completamente inebriante aos
sentidos do ouvinte, com um refrão muito bom.
“Ich Bin Weg”: Mais uma canção com uma ambientação
melódica e acessível, com um ritmo não veloz, permitindo o surgimento de partes
mais introspectivas onde os violões e vocais fazem bonito.
“Ich Nehm Dir Deine Welt”: a mais longa canção do CD, com mais
de seis minutos de duração. Existem momentos Progressivos introspectivos com
vocais macios e predominância de teclados e pianos, mas no geral, é uma
pancadaria melodiosa de primeira, daquelas que entram nos ouvidos e não saem
mais. E que trabalho primoroso das guitarras e da base rítmica do grupo.
Conclusão: DIE
APOKALYPTISCHEN REITER ainda não é um nome de grande sucesso no Brasil. Mas
isso deve começar a mudar com essa versão nacional de “Der Rote Reiter”.
Além do mais,
é uma superbanda, daquele tipo que coloca os retrógrados para reclamar, e os
que gostam de novidades diferentes recebem de braços abertos.
Nota: 94%
“Der Rote Reiter”:
http://bit.ly/2H4nfpI
“Die Freiheit Ist Eine Pflicht”: http://bit.ly/2IJLRGR
Spotify