quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

DIE APOKALYPTISCHEN REITER - Der Rote Reiter



Ano: 2017 (Lançamento original) / 2019 (Lançamento brasileiro)
Tipo: Full Length
Selo: Shinigami Records / Nuclear Blast Brasil
Nacional


Tracklist:

1. Wir Sind Zurück
2. Der Rote Reiter
3. Auf Und Nieder
4. Folgt Uns
5. Hört Mich An
6. The Great Experience of Ecstasy
7. Franz Weiss
8. Die Freiheit Ist Eine Pflicht
9. Herz In Flammen
10. Brüder Auf Leben Und Tod
11. Ich Bin Weg
12. Ich Nehm Dir Deine Welt
13. Ich Werd Bleiben


Banda:


Fuchs - Vocais, guitarras
Ady - Guitarras
Volk-Man - Baixo
Dr. Pest - Teclados
Sir G. - Bateria


Ficha Técnica:

Eike Freese - Mixagem, masterização, engenharia de som
Alexander Dietz - Mixagem, masterização, engenharia de som, vocais adicionais em “Folgt Uns” e “Franz Weiss” 
Francesca Camilla Rossi - Vocais adicionais em “Die Freiheit Ist Eine Pflicht” e “Brüder Auf Leben Und Tod”
André Eichholz - Vocais adicionais em “Brüder Auf Leben Und Tod”
René Liedtke - Vocais adicionais em “Brüder Auf Leben Und Tod”


Contatos:

Site Oficial: www.reitermania.de
Assessoria: 

Texto: “Metal Mark” Garcia



Introdução: Seguir modelos musicais já estabelecidos é fazer algo que pode ser previsto pelo ouvinte, ou seja, é algo chato, sem surpresas. Nisso, alguns grupos sempre vêm desafiar nossos instintos. Alguns fãs do “mais do mesmo” adoram depreciar quem faz isso, mas para os de mente aberta e que buscam aqueles que criam algo, bandas como experiente quinteto o alemão DIE APOKALYPTISCHEN REITER são preciosas, e saberão como ninguém apreciar a beleza de “Der Rote Reiter”, disco mais recente deles (lançado em 2017) que a Shinigami Records trouxe para o Brasil graças à dobradinha com a Nuclear Blast Brasil.


Análise geral: Se é a primeira vez que o leitor lida com o D.A.R. (usemos uma sigla para ajudar), é bom estar preparado para o nível de ecleticismo. A música do grupo se baseia no uso de elementos das vertentes de Metal extremo, mais a adição de melodias épicas (e mesmo alguns toques de Folk) e leves nuances de Metal Industrial e de sonoridades modernas. Basicamente, é como fosse possível juntar AMON AMARTH, HEAVEN SHALL BURN, IN EXTREMO, SLAYER, RAMMSTEIN, IMPALED NAZARENE, WATAIN e outros dentro de um liquidificador musical, e saísse essa sonoridade forte, vigorosa, pesada, agressiva e permeada de modernidade e bom gosto.

Sim, é algo diferente, inovador e que faz bem aos ouvidos e corações!


Arranjos/composições: É bom que não se prender a uma fórmula de abordagem no que tange “Der Roter Reiter”, pois a todo o momento, algo diferente surge do nada, e tudo vira de ponta a cabeça. A diferença é que eles conseguem fazer tudo soar coeso, consensual e, ao mesmo tempo, rascante e sedutor.

A dinâmica entre os arranjos é perfeita, fundamental para tamanha quantidade de influências resultem em algo sólido. Não é apenas juntar um quebra-cabeça sonoro tão diversificado, mas fazê-lo funcionar. E isso eles fazem com maestria.


DIE APOKALYPTISCHEN REITER
Qualidade sonora: O quinteto produziu o trabalho em colaboração com a dupla Eike Freese e Alexander Dietz (este último é integrante do HEAVEN SHALL BURN), dupla que já deu um “up” no trabalho de grupos como DEEP PURPLE e GAMMA RAY, além do próprio HEAVEN SHALL BURN. Dessa forma, eles conseguiram montar uma qualidade sonora e tanto para “Der Roter Reiter”. É algo moderno, pesado, agressivo, mas limpo e que permite que tudo seja compreendido perfeitamente, inclusive as linhas melódicas do grupo (que são vitais para “Folgt Uns”). Além disso, a escolha dos timbres foi perfeita.


Arte gráfica/capa: A capa do disco tem uma arte muito bonita, evocando um lado mais épico, e com contrastes de cores bem simples. Algo funcional e que deixa todas as atenções presas somente à música.


Destaques musicais: O D.A.R. criou um disco realmente fantástico. “Der Rote Reiter” é diferente, e totalmente imprevisível. O que encontra em uma canção pode não ser visto nas outras, mas sem que o grupo mostre-se dispersivo. Nada disso, existe uma forte ligação entre as 13 canções do disco, e as melhores são:

“Wir Sind Zurück”: uma paulada que mistura elementos de Melodic Death Metal, Industrial e muita adrenalina. As guitarras tecem riffs incríveis e solos melódicos, acompanhadas de vocais agressivos incríveis.

“Der Rote Reiter”: as mudanças de ritmo são ótimas, com vocais guturais ótimos, mas a beleza está justamente nas variações criadas por baixo e bateria, que mostram muito boa técnica.

“Auf Und Nieder”: Mais melodiosa e ganchuda, certos toques de Post Punk e Industrial se tornam mais evidentes, graças às linhas harmônicas bem feitas e de extrema facilidade em serem assimiladas. Teclados muito bem encaixados, sendo eles que criam a ambientação Industrial.

“Hört Mich An”: um dos momentos em que o lado Industrial da banda fica evidenciado, com harmonias muito bem feitas, bons contrastes entre os vocais normais e guturais. A ênfase nos teclados também ficou ótima.

“The Great Experience of Ecstasy”: a mais pura expressão do caos. Misturadas partes de Black Metal à lá GORGOROTH com sequências dadas em pianos sinistros e guitarras melodiosas.

“Franz Weiss”: um Hardcore melódico e acessível na linha da escola alemã do gênero. É uma canção mais simples, direta e bem fácil de ser consumida por fãs de música mais comum.

“Herz in Flammen”: outro momento do disco em que a banda beira o Melodic Death Metal com uma ambientação completamente inebriante aos sentidos do ouvinte, com um refrão muito bom.

“Ich Bin Weg”: Mais uma canção com uma ambientação melódica e acessível, com um ritmo não veloz, permitindo o surgimento de partes mais introspectivas onde os violões e vocais fazem bonito.

“Ich Nehm Dir Deine Welt”: a mais longa canção do CD, com mais de seis minutos de duração. Existem momentos Progressivos introspectivos com vocais macios e predominância de teclados e pianos, mas no geral, é uma pancadaria melodiosa de primeira, daquelas que entram nos ouvidos e não saem mais. E que trabalho primoroso das guitarras e da base rítmica do grupo.


Conclusão: DIE APOKALYPTISCHEN REITER ainda não é um nome de grande sucesso no Brasil. Mas isso deve começar a mudar com essa versão nacional de “Der Rote Reiter”.

Além do mais, é uma superbanda, daquele tipo que coloca os retrógrados para reclamar, e os que gostam de novidades diferentes recebem de braços abertos.

Nota: 94%


“Der Rote Reiter”: http://bit.ly/2H4nfpI



“Die Freiheit Ist Eine Pflicht”: http://bit.ly/2IJLRGR



Spotify

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

RHAPSODY OF FIRE - The Eighth Mountain


Ano: 2019
Tipo: Full Length
Importado


Tracklist:

1. Abyss of Pain (instro)
2. Seven Heroic Deeds
3. Master of Peace
4. Rain of Fury
5. White Wizard
6. Warrior Heart
7. The Courage to Forgive
8. March Against the Tyrant
9. Clash of Times
10. The Legend Goes On
11. The Wind, the Rain and the Moon
12. Tales of a Hero’s Fate


Banda:


Giacomo Voli - Vocais
Roberto De Micheli - Guitarras
Alex Staropoli - Teclados, pianos, orquestrações, corais 
Alessandro Sala - Baixo
Manuel Lotter - Bateria


Ficha Técnica:

Alex Staropoli - Produção
Sebastian “Seeb” Levermann - Mixagem, masterização
Alex Charleux - Arte da capa
Raffaele Albanese - Vocais (corais)
Christopher Lee - Narração


Contatos:

Assessoria: 
E-mail: 

Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução: Mudanças de formação, em geral, causam debates apaixonados entre os fãs. E a tendência é que eles nunca sejam de todo superados (podem ver a questão Ozzy X Dio quando se fala de vocais no BLACK SABBATH), mas ao mesmo tempo, surpresas podem surgir quando isso venha a ocorrer. “The Eighth Mountain”, novo disco do quinteto italiano RHAPSODY OF FIRE chega em um momento em que o grupo andou sendo contestado por seus fãs mais antigos.

Mas o disco em si daria espaços para tantas críticas assim?

Análise geral: Antes de tudo, é necessário deixar claro que é óbvio que a saída do vocalista Fabio Lione em 2016 causou frissons extremos em muitos. O que se pode aferir é que o grupo não se deixou abalar, e que Giacomo Voli tem uma voz excelente, que se encaixou muito bem no trabalho musical do grupo, pois tem uma ótima diversidade de timbres (vai de agudos altos a passagens onde sua voz natural flui haroniosamente).

O que fica óbvio: a entrada de Giacomo não alterou o Power Metal épico do grupo, grandioso pelo uso de ótimas orquestrações dos teclados (Alex continua sendo um mestre nisso). O grupo aparenta também estar mais agressivo em alguns momentos (onde o foco passa a ser a guitarra de Roberto de Micheli), mas ao mesmo tempo, com ótima diversidade de ritmos (os novatos Alessandro Sala no baixo e Manuel Lotter na bateria são ótimos).

Logo, resta dizer que “The Eighth Mountain” dá continuidade à tradição musical do quinteto.

Arranjos/composições: Em termos de estilo, o grupo não mudou tanto assim em relação a tudo que já fez. A quantidade de detalhes minimalistas continua enorme (reparem bem em “Master of Piece”, onde partes de teclados e guitarras criam uma multiplicidade de arranjos incrível), com tudo se encaixando perfeitamente. Algo que o quinteto sempre fez, e sempre mantendo uma pegada melódica cativante, cada refrão polido de forma que os ouvintes assimilem com facilidade.

Ainda soa épico, grandioso, bem trabalhado e com suas doses corretas de peso e agressividade.

Qualidade sonora: O trabalho de Sebastian “Seeb” Levermann (com quem a banda já havia trabalhado em “Legendary Years”, além de ter trabalhos com nomes como ARMORED DAWN) na mixagem e masterização deixou tudo doando claro, mas sempre com as devidas quantidades de peso e agressividade. O que poderia sem melhor são os timbres da guitarra em vários momentos (ficou um pouco “choco” em alguns riffs). A tutela é mais uma vez do líder Alex Staropoli.

De resto, ficou excelente, verdade seja dita.


RHAPSODY OF FIRE
Arte gráfica/capa: O nome do quinteto sempre implica em algo que leva o ouvinte ao universo literário de J. R. R. Tolkien ou George R. R. Martin. E Alex Charleux (outro que já trabalha com o quinteto há algum tempo, tendo feito a arte de “Legendary Years” e para Singles da banda) captou bem a ideia dessa nova saga épica que o grupo chama de “The Nephilim’s Empire Saga” (sim, mais uma vez, temos um trabalho conceitual deles em mãos).


Destaques musicais: O conteúdo musical de “The Eighth Mountain” não tem o mesmo nível de clássicos do grupo como “Legendary Tales” ou “Symphony of the Enchanted Lands”, mas está longe de ser algo ruim. Este é mais um disco de alto nível, recheado de ótimas composições, entre elas:

“Seven Heroic Deeds”: o disco já abre com uma canção com guitarras pesadas, ótimos corais, mas com um peso absurdo graças ao trabalho ótimo de baixo e bateria, mas existem uns toques técnicos bem evidentes Existem suas partes mais melodiosas, e o refrão é um momento épico.

“Master of Peace”: Sabem aqueles corais melódicos que grudam nos ouvidos? Essa canção tem desses em profusão, além de boas melodias.

“Rain of Fury”: é a canção do vídeo de divulgação, logo, é um dos pontos mais fortes do disco. Linhas harmônicas diretas e pegajosas, e maior foco no trabalho dos teclados, mas se os vocais estão perfeitos, mostrando um alcance vocal impressionante. E que refrão!

“Warrior Heart”: aquela típica canção com maior ênfase Folk/Épica, com maior prevalência dos teclados e vocais (e sinceramente, a ambientação introspectiva ficou perfeita).

“March Against the Tyrant”: 9 minutos de pura energia e empolgação, cheia de mudanças de atmosferas (do denso e introspectivo ao veloz e pesado sem pudores). Muita técnica, com passagens perfeitas onde guitarras e teclados criam contrastes musicais grandiosos.

“The Legend Goes On”: o andamento mais comportado permite uma bela evolução dos teclados, mantendo a aura épica em alta. Mas as guitarras estão muito bem, isso sem mencionar o refrão grandioso.

“Tales of a Hero’s Fate”: outra música grande (mais de 10 minutos de duração), recheada por todos os elementos que os fãs da banda já estão acostumados. E se preparem para corais grandiosos, vocais bem colocados e mais mudanças de ritmo.


Conclusão: Com o grupo, não tem erro, pois sabem explorar bem o estilo que delinearam para si mesmos. Além disso, “The Eighth Mountain” vem para provar que o RHAPSODY OF FIRE não depende de seu passado, mas que está pronto para desafios maiores no futuro.


Nota: 91%


“Master of Peace”: http://bit.ly/2EAxYXD



Rain of Fury”: http://bit.ly/2NwsIqD



“The Legend Goes On”: http://bit.ly/2H8q2yt



Spotify


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

DREAM THEATER - Distance Over Time


Ano: 2019
Tipo: Full Length
Importado


Tracklist:

1. Untethered Angel
2. Paralyzed
3. Fall Into the Light
4. Barstool Warrior
5. Room 137 
6. S2N
7. At Wit’s End
8. Out of Reach
9. Pale Blue Dot
10. Viper King (bônus)


Banda:


James LaBrie - Vocais
John Myung - Baixo
John Petrucci - Guitarras, vocais adicionais
Jordan Rudess - Teclados, sintetizadores 
Mike Mangini - Bateria


Ficha Técnica:

John Petrucci - Produção
Ben Grosse - Mixagem
Tom Baker - Masterização
Hugh Syme - Artwork


Contatos:

Assessoria: 
E-mail: 

Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução: O Prog Metal (e todas as suas vertentes dentro do mesmo) chegou a tal ponto de megalomania musical que muitas bandas começaram a rever seus conceitos. O nível técnico havia chegado perto do absurdo em termos de minimalismo, as músicas se tornaram gigantescas, e as produções quase que surreais. Mais um pouco e os fãs acabariam pensando que haviam entrado em bolhas do tempo e estavam vendo discos como “Tales from Topographic Oceans” do YES ou “Thick as a Brick” do JETHRO TULL, que em suas respectivas épocas, tinham uma música de cada lado do vinil. Ou seja, isso seria condenar o gênero a ficar restrito aos seus fãs mais fiéis, sem possibilidades de crescer e atingir novos fãs.

Além disso, o que restaria para uma banda que tudo experimentou em termos musicais?

O RUSH deu a resposta: buscar algo mais simples e funcional, sem, no entanto abrir mão de sua essência. Ou seja, algo como um “back to the roots” sonoro, e é justamente esta linha que “Distance Over Time”, décimo quarto álbum do quinteto de Long Island (Nova York) DREAM THEATER, busca seguir.


Análise geral: Após a Ópera Rock apresentada pelo grupo em “The Astonishing” de 2016, ápice de toda experimentação musical possível que vinham fazendo desde “When Dream and Day Unite” de 1989, uma nova direção se fazia necessária. Mesmo visualmente, antes de se ouvir o disco, se repara que as músicas ficaram mais curtas, pois a megalomania de temas gigantescos foi trocada por canções de duração média de 6 minutos (o que para eles é algo bem curto). Até a ambientação melódica está mais direta, funcional e concisa, embora o nível técnico continue bem alto. E verdade seja dita: acertaram na mosca, pois é mais um excelente disco do grupo, que rebusca bastante o formato mais coerente (e pesado) de “Awake”.

Basicamente, apesar da volta às raízes, o DREAM THEATER continua com seus pés no presente, sendo capaz de se renovar e ganhar apelo para fãs não iniciados no Prog Metal.


Arranjos/composições: Fazer algo mais coeso em termos de canções não implica que o nível de técnica individual diminui tanto assim. Óbvio que não existem tantas viagens “Prog Metalssívas” como antes, com o foco em tornar as canções mais digeríveis e até acessíveis (impossível não se apaixonar pelas belas linhas melódicas de “At Wit’s End”, um dos pontos altos do disco), mas existem momentos onde todo o malabarismo técnico individual de cada um dos integrantes surge, mas sem destoar o contexto. Agora, falar em arranjos instrumentais e mudanças de ritmo em um disco da banda é quase que uma leviandade: é o que mais se encontra, mas lembrando de que a tônica desse álbum é a sobriedade. E James continua se mostrando um dos melhores cantores do Metal, sabendo como ninguém usar de sua voz bela e versátil em cada uma das canções.


Qualidade sonora: Como já é de praxe, o patrão John Petrucci tomou as rédeas da produção do disco, garantindo que tudo fique limpo e audível em seus mínimos detalhes, um trabalho em que ele teve as mãos de Ben Grosse na mixagem e de Tom Baker na masterização, e que ficou perfeito. Tudo funciona, e mais uma vez, a escolha por timbres modernos e pesados (mais uma vez: uma referência a “Awake”) explicitaram a agressividade sonora da banda em vários momentos, mas sem relegar os momentos “heavyssívos” tão comuns de sua música. Aliás, em termos de sonoridade, é um dos melhores discos do quinteto.


Arte gráfica/capa: A apresentação visual de “Distant Over Time” é um mais trabalho de Hugh Syme (com que trabalharam muitas vezes na década passada), criando uma aura realmente Progressiva para a arte, mas com um toque distópico de agressividade. Uma arte digna de um disco desse gênero específico de Metal.


Destaques musicais: Chega a ser difícil destacar melhores momentos em “Distance Over Time”, pois a fase em que o quinteto está vivendo é de pura criatividade. Mas das 9 canções (até nisso a banda economizou) dispersas pelos 56:51 minutos de duração do CD (o que daria uma média aproximada de 6 minutos por canção), por mero preciosismo, são as melhores nas primeiras audições:

“Untethered Angel”: misturando peso, técnica e um bom “set” de mudanças de tempo, é uma canção sólida, onde as passagens de baixo e bateria estão ótimas, adornadas por arranjos bem encaixados de teclados (Jordan Rudess é mesmo um músico e tanto).

“Paralyzed”: uma pegada pesada se alterna com a elegância do Rock Progressivo, mesmo com um jeitão mais simples, com ótimos riffs de guitarra (seja nos momentos elétricos ou nas partes limpas, e que solos bem feitos).

“Fall into the Light”: Prog Metal envolvente e moderno, com melodias que nos envolvem, refrão marcante, mas com aquela ambientação Progressiva que tantos amam. O trabalho de baixo e bateria está ótimo.

“Barstool Warrior”: certa melancolia surge em meio às linhas harmônicas bem feitas. Os vocais estão excelentes, e mais uma vez, a base rítmica do quinteto faz bonito.

“Room 137”: soturna, pesada e moderna, parece quase uma música de “Awake” por seu jeito mais focado em peso (sem abstrair os elementos Prog da banda). Os momentos mais agressivos mostram o quanto os riffs são bem feitos.

“At Wit’s End”: alguns momentos mais ganchudos vão levar os fãs à era de “Images and Words”, mas com o alinhavo moderno de “Falling Into Infinity”. É outra canção com uma aproximação mais simples que os fãs do quinteto estão acostumados.

Embora o disco inteiro seja excelente, essas se destacam. E a versão Digipak ainda tem a faixa bônus “Viper King”, um Rock realmente quase Progressivo se não fosse os riffs graves e o refrão quase Pop.


Conclusão: Assim como foi com “The Astonishing”, é muito provável que “Distance Over Time” venha causar descontentamento entre os fãs mais conservadores do quinteto. Mas isso não significa que o DREAM THEATER não esteja vivendo um excelente momento, ou que está na direção errada. Pelo contrário: este novo caminho deu vida nova a um grupo que, na maioria das vezes, era incompreendido por muitos.

Agora, não mais...

Nota: 98%


Untethered Angel”: http://bit.ly/2T19Iqk



Paralyzed”:  http://bit.ly/2VijS2n



Spotify

TUATHA DE DANANN - The Tribes of Witching Souls


Ano: 2019
Tipo: Extended Play (EP)
Nacional

Tracklist:

1. The Tribes of Witching Souls
2. Turn
3. Warrior Queen
4. Your Wall Shall Fall
5. Conjura
6. Outcry
7. Tan Pinga Ra Tan
8. Rhymes Against Humanity (Demo 2004) (faixa bônus)
9. The Tribes of Witching Souls (Demo Instrumental) (faixa bônus)


Banda:



Bruno Maia - Vocais, flautas, guitarras, viola, bouzouki, mandolin, banjo
Giovani Gomes - Baixo, vocais urrados
Edgard Brito - Teclados


Ficha Técnica:

Bruno Maia - Produção
Brendan Duffey - Mixagem de “The Tribes of Witching Souls”, “Turn”, “Warrior Queen”, “Your Wall Shall Fall” e “Conjura”, masterização
Fabrício Altino - Bateria, mixagem de “Outcry” e “Tan Pinga Ra Tan”
Paulo “Coruja” Oliveira - Arte da capa
Edgar Franco - Ilustração de Gaia (encarte)
Eduardo Vidiabos - Ilustração do Bardo (parte interna da capa)
Martin Walkyier - Vocais em “Your Wall Shall Fall”
Dana Russi Maia - Vocais em “Warrior Queen”
Daisa Munhoz - Vocais em “Warrior Queen”
Fernanda Lira - Vocais em “Tan Pinga Ra Tan”
Nita Rodrigues - Vocais em “Tan Pinga Ra Tan”
Rodrigo Abreu - Bateria em “Your Wall Shall Fall”
Alex Navar - Gaita de fole em “Turn” e “Your Wall Shall Fall”
Nathan Viana - Violino
Jacqueline Taylor - Guitarra em “Your Wall Shall Fall”
David Briggs - Bodhan em “Warrior Queen”
Rafael Salobrena - Bodhan em “Warrior Queen”

Contatos:

Site Oficial: http://www.tuathadedanann.art.br/
Facebook: https://www.facebook.com/Tuathadedanannofficial/
Instagram: https://www.instagram.com/tuathaofficial/
Assessoria:
E-mail: contato@tuathadedanann.art.br

Texto: “Metal Mark” Garcia



Introdução: Fazer algo dentro do conhecido Folk Metal no Brasil sempre foi difícil, pois lidar com o preconceito “true Metal” que acaba tornando muitos fãs surdos a algo fora do convencional não é fácil. É preciso talento para calar e convencer os que acreditam nisso.

Mas ainda bem que tal fato não impede muitas bandas de trilharem por este caminho. E o pioneiro do gênero por aqui é o TUATHA DE DANANN, os bardos de Varginha (MG), que tiveram enorme sucesso nos primeiros anos da década passada, e que após ficarem em silêncio de 2004 a 2015 (somente um vídeo ao vivo foi lançado em 2009), eles voltaram em 2015 com “Dawn of a New Sun” e estão em atividade constante, fazendo shows e agora, sedimentam esse retorno em alto nível com “The Tribes of Witching Souls”, seu mais recente lançamento, um EP que a Heavy Metal Rock colocou no mercado.


Análise geral: Basicamente, o estilo do grupo foi amadurecendo com o passar dos anos, ficando cada vez mais Folk/Celtic Metal, e mesmo mantendo algumas influências extremas pontuais (alguns vocais mais agressivos), ele está mais encorpado e justo. Fica óbvio aos ouvidos mais experientes que o grupo tem (como sempre teve) um toque de Rock Progressivo dos anos 70 (algo de JETHRO TULL) mesclado às influências de Metal tradicional e Power Metal, além da adição de música Folk e Celta do Velho Continente.

Basicamente: o grupo criou uma forma musical para si em uma época em que esta vertente do Metal ainda engatinhava, onde a maioria apenas usava de melodias Folk com uma pegada Metal. Isso porque o grupo foi fundado em 1995, poucos anos depois do pioneiro SKYCLAD dar o ponto de partida, usando violinos.

Desta forma, estabelece-se a importância histórica e a originalidade do TUATHA DE DANANN.


Visão interna da arte
Arranjos/composições: A beleza de suas composições não precisa ser mais exaltada do que comumente já é. A riqueza de arranjos e a capacidade de unir tantas influências díspares em uma música sólida e consensual não é um trabalho lá muito fácil. Mas eles conseguiram nos passado e ainda conseguem, especialmente quando saem do convencional, como na versão orquestral de Tan Pinga Ra Tan” (originalmente do clássico “Tingaralatingadun”), e na beleza interiorizada da versão acústica de “Outcry” (de “Dawn of a New Sun”).

Ah, nas inéditas? 

Eles simplesmente mostram o motivo de serem tão respeitados no cenário: não deixam espaços para palavras negativas, com arranjos muito bem feitos, linhas melódicas de simples assimilação e bom nível técnico. E isso sem mencionar os convidados especiais que deram um brilho todo especial às canções onde aparecem.


Qualidade sonora: O fundador do grupo, Bruno Maia, tomou as rédeas da produção do EP, tendo Brendan DuffeyFabrício Altino cuidando da mixagem (sendo que Brendan ainda fez a masterização). A sonoridade de “The Tribes of Witching Souls” é linda, consegue ter peso, clareza e agressividade necessárias para que as canções soem consensuais e inteligíveis para os ouvintes. E fazer isso com tantos instrumentos musicais diferentes é bem difícil, que fique claro.


Arte gráfica/capa: Não é de se espantar que o trabalho gráfico do EP seja tão belo e de alto nível, com capa, espelho, contracapa e encarte perfeitos em termos de arte visual. Sempre fizeram algo mais belo, que apresentasse aos fãs e ouvintes aquilo que a música vem a transmitir.
Arte de Gaia de Edgar Franco (usada no encarte e
na capa do Single 
“Your Wall Shall Fall”).


Destaques musicais: Basicamente, não existem “melhores momentos” em “The Tribes of Witching Souls”, pois o EP inteiro é irresistivelmente maravilhoso. Não há música no disco que seja dispensável, que esteja abaixo ou acima das outras.

“The Tribes of Witching Souls”: É uma típica canção que o grupo costuma fazer, com ótimas linhas melódicas de simples assimilação, andamento nem lento ou veloz, e tudo adornado com ótimos arranjos de instrumentos Folk. Óbvio que os vocais estão maravilhosos, tanto nos normais, nos corais e mesmo nos pontuais urros guturais.

“Turn”: Aqui já surge uma “vibe” um pouco mais moderna e agressiva devido à predominância dos ótimos riffs de guitarra. Mas certo toque de Prog metal surge na ambientação da canção, isso sem mencionar que os teclados e refrão estão excelentes.

“Warrior Queen”: Belíssimos vocais femininos adornam essa canção que está muito mais próxima ao Folk puro por conta das melodias e prevalência de teclados, violinos e flautas. E que toque de beleza extra graças aos vocais femininos.

“Your Wall Shall Fall”: Apesar da ambientação Celta/Épica, a voz marcante e ríspida de Martin Walkyier (o fundador do SKYCLAD, que tem passagens pelo SABBAT e HELL, e é o pai por direito do Folk Metal, e que já havia gravado uma participação com os mineiros em “Rhymes Against Humanity” no disco anterior) dá aquela dose extra de agressividade. E é praticamente impossível não cantarolar o refrão após a primeira audição.

“Conjura”: Uma canção mestiça, aonde um jeito mais bruto vindo do Metal moderno se encaixa na base inspirada pelo Rock Progressivo setentista. Óbvio que as melodias inspiradas pelo Folk estão presentes graças aos instrumentos característicos do gênero, mas o conjunto dos vocais é belíssimo, bem como a força da base rítmica de baixo e bateria.

“Outcry”: Como já citado, é a versão acústica da mesma canção presente em “Dawn of a New Sun”. Mas é incrível como o uso de viola cria uma ambientação melancólica e intimista, e que ótimos vocais.

“Tan Pinga Ra Tan”: O jeito mais intimista casou bem com essa canção puramente Folk. A voz limpa de Fernanda Lira (do NERVOSA) e de Nita Rodrigues encaixaram perfeitamente nesse “remake” providencial (isso sem mencionar que o uso de flautas e violas é de alto nível).

As duas faixas bônus são as versões Demo de “Rhymes Against Humanity” (lá de 2004) e “The Tribes of Witching Souls” (aqui em sua forma Instrumental) são ótimas, e servem para dar aquele encerramento com chave de ouro ao disco.

Ah, sim: “Your Wall Shall Fall” e “Conjura” estão com a ordem trocada na contracapa do EP.


Conclusão: O TUATHA DE DANANN mostra em “Tribes of the Witching Souls” que ainda são únicos dentro do que fazem, que merecem aplausos e fizeram deste EP um dos melhores lançamentos do ano.

Nota: +100%

“Tribes of the Witching Souls”: http://bit.ly/2NoOKM0




“Your Wall Shall Fall”http://bit.ly/2NoOKM0

ROADIE METAL DVD Volume II



Ano: 2019
Tipo: DVD
Nacional


Tracklist:


1. TORTURE SQUAD - Don’t Cross My Path
2. TRATOR BR - Floresta Armada
3. DEATH CHAOS - Hammerdown
4. MELANIE KLAIN - Lavagem Cerebral
5. DYNASTY - Step By Step
6. HEAVENLESS - The Reclaim
7. SINERA - Com as Próprias Mãos
8. SEVENTH SIGN FROM HEAVEN - The Devil Fears My Name
9. VALLEY OF ARMORES HEART - Brave Armores Heart
10. NETUNO DOOM - The Second Sun
11. ARTILHARIA - Assalto ao Monte Castelo
12. KAVERNOSOS - Por Fé Final
13. FACES OF DEATH - Consummatum Est


Contatos:

  
Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução: DVDs, até alguns anos atrás, vinham apenas suprir a lacuna deixada por shows em países de difícil acesso (imaginem a dificuldade de se tocar em países do Oriente Médio ou mesmo em Bangladesh), ou como documentários sobre uma banda (ou dado momento de suas carreiras, como a gravação de um novo disco). Mas um novo formato começa a estabelecer-se no cenário: as coletâneas de bandas em DVD, uma forma de distribuir e divulgar trabalhos de uma forma delas que, apesar da existência das plataformas digitais na internet, ainda possuem enorme “appeal”. Sim, ali se encontram vídeos oficiais e lyric vídeos das mesmas, em um pacote eclético. E um nome que começa a sua sequência em série é da “Roadie Metal”, que chega ao segundo volume nesse formato.


Análise geral: No caso, tem-se dessa vez um DVD simples (o primeiro volume foi duplo), com 13 bandas de vertentes diferentes de Metal. Tal ecletismo sempre foi um problema para os fãs mais radicais, mas é justamente onde o fã irá ganhar: tem uma banda que gosta, pode achar nas outras algo diferente que venha a gostar.

No caso, tem-se o Death Metal bruto e bem feito do DEATH CHAOS ao lado do Metal moderno e grooveado do MELANIE KLAIN; o Metal tradicional pesado do DYNASTY vivendo harmoniosamente ao lado da sujeira Stoner Rock/Metal do KAVERNOSOS e pelo Metalcore explosivo do SINERA. E sim, cada banda vem mostrando seu valor e potencial. Poderiam mesmo suceder grandes nomes do exterior que vivem do próprio passado (e do fanatismo dos fãs mais chatos).

Sim, o resultado final é muito, muito bom.


Qualidade sonora/visual: Com sempre ocorre em coletâneas, não há como homogeneizar toda a qualidade sonora e visual, já que cada banda grava conforme seus recursos e sonoridade característica. Mas é perceptível que o profissionalismo anda caminhando a passos largos por aqui, pois mesmo os grupos que poderíamos caracterizar como “amadores” (sem ser ofensivo) fizeram vídeos de primeira.

Há apenas uma crítica: o menu para escolhas poderia ser mais personalizado. Esse jeito mais simples é bem legal, mas poderia ser melhor.


Arte gráfica/capa: A capa ficou ótima, como é de costume dos lançamentos da Roadie Metal desde a época das coletâneas em CD simples. Mas o encarte é que deu uma evoluída muito boa, pois com o menor número de bandas, o espaço aumentou, então aparecem minibiografias de cada grupo, links de contato e fotos mais visíveis de cada grupo.


Destaques musicais/vídeos: Em termos de coletâneas, esta é a parte mais injusta, onde se deve referenciar os que se destacam. Visando dar destaques e pormenorizar o trabalho de cada um, e tendo em vista que são 13 bandas apenas, todas foram resenhadas.

Vamos lá:

TORTURE SQUAD - “Don’t Cross My Path”: Hoje um dos nomes mais conhecidos do cenário, o quarteto de Death/Thrash Metal de São Paulo (SP) usou de imagens ao vivo com a música de estúdio tocando. Uma estratégia antiga, mas que sempre funciona bem. Impossível não falar da técnica de baixo e bateria.

TRATOR BR - “Floresta Armada”: de Bauru (SP) vem esse grupo com um mix bem feito de Death Metal, Grindcore e elementos de Thrasg Metal, com um vídeo feito em forma de animação, ou seja, um desenho animado (mesmo os músicos aparecem estilizados) que tem uma música brutal e técnica. Uma ideia bem diferente do usual.

DEATH CHAOS - “Hammerdown”: Com uma pegada Death Metal tradicional e alguns elementos modernos permeando sua canção, os curitibanos mostram um jeito já conhecido de fazer vídeo aqui: cenas da banda tocando em meio à mata entremeados por partes onde uma estória (focada em um serial killer, pelo visto) é contada. As guitarras mostram um trabalho arrasador em termos de riffs e solos.

MELANIE KLAIN - “Lavagem Cerebral”: o quinteto de Mococa (SP) é outro que usa do recurso de alternar imagens de protesto engajado com cenas do grupo tocando em um galpão. Metal moderno com toques de Groove Metal, New Metal e Metalcore que ficou ótimo, especialmente pelos vocais.

DYNASTY - “Step By Step”: Metal tradicional com alguns toques agressivos em suas melodias e mesmo partes de Hard Rock aqui e ali. Outra vez, a mescla de imagens da banda tocando com imagens normais (sem que exista uma estória a ser contada). Belíssima canção dessa turma de Nova Lima (MG), diga-se de passagem.

HEAVENLESS - “The Reclaim”: o trio de Death Metal com toques de Thrash Metal moderno de Mossoró (RN) fez algo mais sinistro, em um ambiente noturno ao ar livre, com foco na banda tocando, mas com imagens entremeadas de alguém vestido de capuz carregando uma cruz invertida (e outra pegando fogo). Uma canção cadenciada e bruta, com um trabalho muito bom das guitarras.

SINERA - “Com as Próprias Mãos”: Metalcore puro, direto e agressivo, usando mais vocais urrados que normais. A canção é de um peso absurdo, sem mencionar que o vídeo é interessante, já que optaram por mostrar cenas de uma luta de MMA e seus preparativos. Esse grupo de Santos (SP) promete!

SEVENTH SIGN FROM HEAVEN - “The Devil Fears My Name”: E lá do Norte do Brasil, de Picus (PI) vem com um Metal melodioso e moderno, com muita energia e um jeito grudento de ser. Um dos clipes mais legais da coletânea, pois o uso de cenas de um show ao vivo, entremeadas por cenas do público curtindo a apresentação, é algo valioso, pois deixa de ser artificial ou forçado.

VALLEY OF ARMORED HEART - “Brave Armored Heart”: Um grupo de Folk/Pagan Metal com jeitão melodioso à lá e pegada agressiva (e com toques de músicas regionais do Brasil). O mais interessante é o foco visual em algo voltado ao indígena, só que com alto astral, longe do pessimismo de tantos. A banda ainda precisa melhorar os vocais masculinos, mas de resto, essa turma de São José dos Campos (S) está no caminho certo.

NETUNO DOOM - “The Second Sun”: Doom Metal sujo vindo direto de Fortaleza (CE). Pesado e com o ritmo bem arrastado, é um nome promissor, só precisando dar uma melhorada nos vocais (são bons, mas não tão compatíveis como podem ser). Bem diferente em termos de vídeo, temos a banda sendo captada em um ensaio, algo bem simples, na cara e funcional. Tem futuro.

ARTILHARIA - “Assalto ao Monte Castelo”: E Gravatá (PE) mostra que tem Metal tradicional agressivo à lá NWOBHM de primeira. O grupo resolveu fazer suas filmagens em um terreno de algo parecido com uma fábrica antiga, focando tudo na banda (exceto no início, onde se fala um pouco da Batalha de Monte Castelo, uma das realizações da FEB na campanha da Itália na Segunda Guerra Mundial). Uma música ótima, a banda faz bonito, mas a qualidade de gravação pode melhorar, pois pelo visto e sem estigmatizar a banda, estamos vendo o SABATON brasileiro em ação. Merecem aplausos!

KAVERNOSOS - “Por Fé Final”: Apesar de se denominarem Stoner, esse trio de Colatina (ES) tem um jeitão Rock à lá MOTÖRHEAD sujo e melódico evidente, com melodias de simples assimilação e muita energia. É outro que preferiu gravar tudo em um estúdio de ensaios, focando unicamente na banda. É uma canção curta e que deia aquele sentimento de “quero mais” no ouvinte.

FACES OF DEATH - “Consummatum Est”: o quarteto Thrasher de Pindamonhangaba (SP) preferiu usar um lyric video mais no sentido tradicional, com imagens de tensão armamentista e caos que se mesclam à letras da música. E o Thrash metal moderno e bruto do grupo é algo digno de aplausos e menções honrosas, especialmente pelas guitarras.


Conclusão: Mais uma vez, um DVD da Roadie Metal nos mostra o quanto o cenário nacional é rico em musicalidade. Ouça, veja e aproveite!

Nota: 90%