Ano: 2019
Tipo: Extended Play (EP)
Selo: Heavy Metal Rock Records
Nacional
Tracklist:
1. The Tribes of Witching Souls
2. Turn
3. Warrior Queen
4. Your Wall Shall Fall
5. Conjura
6. Outcry
7. Tan Pinga Ra Tan
8. Rhymes Against Humanity (Demo 2004) (faixa bônus)
9. The Tribes of Witching Souls (Demo Instrumental) (faixa bônus)
Banda:
1. The Tribes of Witching Souls
2. Turn
3. Warrior Queen
4. Your Wall Shall Fall
5. Conjura
6. Outcry
7. Tan Pinga Ra Tan
8. Rhymes Against Humanity (Demo 2004) (faixa bônus)
9. The Tribes of Witching Souls (Demo Instrumental) (faixa bônus)
Banda:
Bruno Maia - Vocais, flautas, guitarras, viola, bouzouki, mandolin, banjo
Giovani Gomes - Baixo, vocais urrados
Edgard Brito - Teclados
Ficha Técnica:
Bruno Maia - Produção
Brendan Duffey - Mixagem de “The Tribes of Witching Souls”, “Turn”, “Warrior Queen”, “Your Wall Shall Fall” e “Conjura”, masterização
Fabrício Altino - Bateria, mixagem de “Outcry” e “Tan Pinga Ra Tan”
Paulo “Coruja” Oliveira - Arte da capa
Edgar Franco - Ilustração de Gaia (encarte)
Eduardo Vidiabos - Ilustração do Bardo (parte interna da capa)
Martin Walkyier - Vocais em “Your Wall Shall Fall”
Dana Russi Maia - Vocais em “Warrior Queen”
Daisa Munhoz - Vocais em “Warrior Queen”
Fernanda Lira - Vocais em “Tan Pinga Ra Tan”
Nita Rodrigues - Vocais em “Tan Pinga Ra Tan”
Rodrigo Abreu - Bateria em “Your Wall Shall Fall”
Alex Navar - Gaita de fole em “Turn” e “Your Wall Shall Fall”
Nathan Viana - Violino
Jacqueline Taylor - Guitarra em “Your Wall Shall Fall”
David Briggs - Bodhan em “Warrior Queen”
Rafael Salobrena - Bodhan em “Warrior Queen”
Contatos:
Site Oficial: http://www.tuathadedanann.art.br/
Facebook: https://www.facebook.com/Tuathadedanannofficial/
Instagram: https://www.instagram.com/tuathaofficial/
Assessoria:
E-mail: contato@tuathadedanann.art.br
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução: Fazer algo dentro do conhecido Folk Metal no Brasil sempre foi difícil, pois lidar com o preconceito “true Metal” que acaba tornando muitos fãs surdos a algo fora do convencional não é fácil. É preciso talento para calar e convencer os que acreditam nisso.
Mas ainda bem que tal fato não impede muitas bandas de trilharem por este caminho. E o pioneiro do gênero por aqui é o TUATHA DE DANANN, os bardos de Varginha (MG), que tiveram enorme sucesso nos primeiros anos da década passada, e que após ficarem em silêncio de 2004 a 2015 (somente um vídeo ao vivo foi lançado em 2009), eles voltaram em 2015 com “Dawn of a New Sun” e estão em atividade constante, fazendo shows e agora, sedimentam esse retorno em alto nível com “The Tribes of Witching Souls”, seu mais recente lançamento, um EP que a Heavy Metal Rock colocou no mercado.
Análise geral: Basicamente, o estilo do grupo foi
amadurecendo com o passar dos anos, ficando cada vez mais Folk/Celtic Metal, e
mesmo mantendo algumas influências extremas pontuais (alguns vocais mais
agressivos), ele está mais encorpado e justo. Fica óbvio aos ouvidos mais
experientes que o grupo tem (como sempre teve) um toque de Rock Progressivo dos anos 70
(algo de JETHRO TULL) mesclado às
influências de Metal tradicional e Power Metal, além da adição de música Folk e
Celta do Velho Continente.
Basicamente:
o grupo criou uma forma musical para si em uma época em que esta vertente do
Metal ainda engatinhava, onde a maioria apenas usava de melodias Folk com uma pegada Metal. Isso porque
o grupo foi fundado em 1995, poucos anos depois do pioneiro SKYCLAD dar o ponto de partida, usando
violinos.
Desta forma,
estabelece-se a importância histórica e a originalidade do TUATHA DE DANANN.
Visão interna da arte |
Ah, nas
inéditas?
Eles simplesmente mostram o motivo de serem tão respeitados no cenário: não deixam espaços para palavras negativas, com arranjos muito bem feitos, linhas melódicas de simples assimilação e bom nível técnico. E isso sem mencionar os convidados especiais que deram um brilho todo especial às canções onde aparecem.
Eles simplesmente mostram o motivo de serem tão respeitados no cenário: não deixam espaços para palavras negativas, com arranjos muito bem feitos, linhas melódicas de simples assimilação e bom nível técnico. E isso sem mencionar os convidados especiais que deram um brilho todo especial às canções onde aparecem.
Qualidade sonora: O fundador do grupo, Bruno Maia, tomou as rédeas da produção do EP, tendo Brendan Duffey e Fabrício
Altino cuidando da
mixagem (sendo que Brendan ainda fez
a masterização). A sonoridade de “The Tribes of Witching Souls” é
linda, consegue ter peso, clareza e agressividade necessárias para que as
canções soem consensuais e inteligíveis para os ouvintes. E fazer isso com
tantos instrumentos musicais diferentes é bem difícil, que fique claro.
Arte gráfica/capa: Não é de se espantar que o trabalho
gráfico do EP seja tão belo e de alto nível, com capa, espelho, contracapa e
encarte perfeitos em termos de arte visual. Sempre fizeram algo mais belo, que
apresentasse aos fãs e ouvintes aquilo que a música vem a transmitir.
Destaques musicais: Basicamente, não existem “melhores
momentos” em “The Tribes of Witching Souls”, pois o EP inteiro é irresistivelmente
maravilhoso. Não há música no disco que seja dispensável, que esteja abaixo ou
acima das outras.
“The Tribes of Witching
Souls”: É uma típica canção que o grupo costuma fazer, com ótimas
linhas melódicas de simples assimilação, andamento nem lento ou veloz, e tudo
adornado com ótimos arranjos de instrumentos Folk. Óbvio que os vocais estão
maravilhosos, tanto nos normais, nos corais e mesmo nos pontuais urros
guturais.
“Turn”: Aqui já surge uma “vibe” um pouco
mais moderna e agressiva devido à predominância dos ótimos riffs de guitarra.
Mas certo toque de Prog metal surge na ambientação da canção, isso sem
mencionar que os teclados e refrão estão excelentes.
“Warrior Queen”: Belíssimos vocais femininos adornam
essa canção que está muito mais próxima ao Folk puro por conta das melodias e
prevalência de teclados, violinos e flautas. E que toque de beleza extra graças
aos vocais femininos.
“Your Wall Shall Fall”: Apesar da ambientação Celta/Épica, a
voz marcante e ríspida de Martin
Walkyier (o fundador do SKYCLAD,
que tem passagens pelo SABBAT e HELL, e é o pai por direito do Folk
Metal, e que já havia gravado uma participação com os mineiros em “Rhymes Against Humanity” no disco anterior) dá aquela dose extra de agressividade. E é praticamente impossível não
cantarolar o refrão após a primeira audição.
“Conjura”: Uma canção mestiça, aonde um jeito
mais bruto vindo do Metal moderno se encaixa na base inspirada pelo Rock
Progressivo setentista. Óbvio que as melodias inspiradas pelo Folk estão
presentes graças aos instrumentos característicos do gênero, mas o conjunto dos
vocais é belíssimo, bem como a força da base rítmica de baixo e bateria.
“Outcry”: Como já citado, é a versão acústica
da mesma canção presente em “Dawn of a New Sun”. Mas é incrível
como o uso de viola cria uma ambientação melancólica e intimista, e que ótimos
vocais.
“Tan Pinga Ra Tan”: O jeito mais intimista casou bem com
essa canção puramente Folk. A voz limpa de Fernanda
Lira (do NERVOSA) e de Nita Rodrigues encaixaram perfeitamente nesse “remake” providencial (isso sem mencionar que o uso de flautas e violas é de alto nível).
As duas
faixas bônus são as versões Demo de “Rhymes Against Humanity” (lá de 2004)
e “The
Tribes of Witching Souls” (aqui em sua forma Instrumental) são ótimas,
e servem para dar aquele encerramento com chave de ouro ao disco.
Ah, sim: “Your
Wall Shall Fall” e “Conjura” estão com a ordem trocada
na contracapa do EP.
Conclusão: O TUATHA DE DANANN mostra em “Tribes of the Witching Souls” que ainda
são únicos dentro do que fazem, que merecem aplausos e fizeram deste EP um dos
melhores lançamentos do ano.
Nota: +100%
“Tribes of the Witching Souls”: http://bit.ly/2NoOKM0
MUITO Obrigado pela resenha!!! QUe legal ler essas linhas e saber essas impressões! Muito obrigado, mesmo.
ResponderExcluirOi Bruno.
ExcluirNão tem pelo que agradecer, o trabalho ficou fenomenal, e no que precisar, tamo junto!
Abração!
Esse disco é uma obra prima !
ResponderExcluirSim, é um disco excelente, e é forte candidato a um dos melhores lançamentos do ano.
ExcluirO grupo continua sendo um nome muito forte no cenário.
Obrigado pelo comentário, :)
Abração!