Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Distro Rock Records / Metal Under Store
Nacional
Tracklist:
1. We Are the Only Ones
2. Andralls on Fire Part III
3. 64 Bullets
4. Bleeding For Thrash
5. Legion
6. Noiséthrash
7. After Apocalypse
8. Imminent Cancer
9. Acid Rain - Fasthrash Version (Subtera)
10. On Fire
11. 27*02*18
Banda:
Alex Coelho - Vocais,
Guitarras
Felipe Freitas - Baixo,
Backing Vocals
Alexandre Brito - Bateria,
vocais em “Noiséthrash”
Ficha Técnica:
Caio Monfort - Produção,
Gravação, Mixagem
Neto Grous - Masterização
Edu Nascimentto - Artwork
Contatos:
Site Oficial:
Instagram: www.instagram.com/andrallsfasthrash
Assessoria: http://www.asepress.com.br/music/index.php/clientes/andralls
(ASE Music)
E-mail: onfirebookingagency@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução:
A ausência pode destruir
todo um trabalho musical criado na base da raça e de muito suor. Isso porque os
fãs tendem a ficar desnorteados. Mas ao mesmo tempo, um retorno depois das
dificuldades pode dar sangue novo a um grupo.
E é justamente este o caso
do trio de Thrashers ANDRALLS, de
São Paulo. Depois de um quase fim com a ruptura da formação em 2015 e outros
aspectos, eis que eles voltam com sangue nos olhos com “Bleeding For Thrash”,
disco que vai causar dores de pescoço!
Análise geral:
Sem Eddie C. (baixo) e Cléber
Orsioli (vocais, guitarras), a banda tinha as alternativas de parar ou
reformular-se. Escolheram a segunda alternativa, trazendo de volta Alex Coelho (vocalista/guitarrista original),
além da entrada de Felipe Freitas (baixo,
backing vocals, e ex-NERVOCHAOS), e
junto com o remanescente Alexandre Brito
(bateria), o grupo deu continuidade à sua saga Fasthrash.
Óbvio que algumas mudanças
sutis são perceptíveis, mas sem que a identidade do grupo tenha sido alterada.
Basicamente, “Bleeding
For Thrash” é mais um disco ótimo do trio.
Arranjos/composições:
O trio sempre se
caracterizou por arranjos não tão rebuscados e técnicos, sempre deixando um
toque de Hardcore evidente. Agora, elementos de Metal tradicional, Death Metal
e mesmo estilos não convencionais aparecem de forma subjetiva, dando uma
requintada ao trabalho musical deles.
Basicamente, soa mais sujo e
encorpado, com um enfoque mais denso, mais ainda assim continuam bem velozes, e
mantendo a brutalidade. Mas cuidado: não é porque eles tocam rápido que a
diversidade rítmica não existe, sem falar que a dinâmica dos arranjos ficou
excelente.
Qualidade sonora:
O disco foi gravado no Papirys Studio, tendo Caio Monfort cuidando da produção,
gravação, e mixagem, sendo que a masterização é de Neto Grous do Absolute
Máster Studio, tudo para dar uma sonoridade vibrante e feroz a “Bleeding
For Thrash”.
Todos os instrumentos podem
ser ouvidos com clareza e com ótimos timbres em cada um, além de sua devida
quantidade de peso. Tudo soa claro, mas mantendo aquela apresentação pesada e
agressiva de sempre.
Arte gráfica/capa:
Edu Nascimentto é quem fez a arte da capa, que mostra um lado agressivo e brutal. É
algo chamativo, mas que desperta a curiosidade de quem não conhece a banda, bem
como deixa claro que eles não perderam a pegada.
Aliás, existe certo “q”
orgânico presente nessa arte, coisa de quem é tatuador (como Edu
o é).
Destaques musicais:
Pode-se dizer que “Bleeding
for Thrash” reapresenta o ANDRALLS
aos fãs depois desse tempo todo sem disco inédito (foram 7 anos desde o
lançamento de “Breakneck”), e não irá desapontar os antigos seguidores, bem
como deve atrair alguns novos.
“We Are the Only Ones” começa com batidas tribais e riffs gordurosos, antes
de virar um ataque velos e insano, um cartão de apresentação da nova formação
(e que vocais insanos). A pancadaria veloz continua em “Andralls on Fire Part III”
e “64
Bullets”, ambas apresentando toques modernos nos riffs de guitarra
(embora a segunda apresente alguns momentos mais cadenciados). Em “Bleeding
For Thrash”, tem-se uma canção mais seca e direta, um murro nos dentes
que vai causar danos nos moshpits da vida (sem falar alguns momentos mais
técnicos do baixo que surgem). Já “Legion” tem algo de Death Metal em
certas partes de guitarra, mas impera a atordoante velocidade do grupo (e a
bateria mostra boa condução e mudanças de ritmo), e o refrão se refere ao REBAELLIUN. Em “Noiséthrash” é
justamente onde algumas influências de Metal Industrial aparecem, e é uma
música não convencional, uma declaração de pouco mais de um minuto de duração. O
pique veloz e com bom trampo de guitarras surge mais uma vez em “After
Apocalypse”, seguida do Crossover/Thrash Metal bruto e reto em “Imminent
Cancer”. Fazendo uma releitura de “Acid Rain” do SUBTERA, o trio mostra uma influência Thrash moderna, dando uma
cara própria à canção (que é o primeiro cover que o trio grava em seus 21 anos
de vida). Em “On Fire”, a velocidade thrasher do trio alcança níveis insanos,
embora momentos rockers à lá MOTÖRHEAD
permeiem os solos. e elementos de Death Metal apareçam aqui e ali. Fechando, a
triste e soturna instrumental “27*02*18”, que é uma homenagem do
trio a Fabiano Penna, que chegou a
tocar com a banda e produzir seus trabalhos.
É, eles voltaram por cima, e
na voadora sonora!
Conclusão:
“Bleeding For Thrash” é uma declaração do ANDRALLS, onde dizem “estamos vivos e mais agressivos que nunca”, e
podem acreditar: eles ainda têm muita, mas muita lenha para queimar!
Preparem-se para torcicolos bem longos e sofridos!
Nota: 9,0/10,0
Bleeding For Thrash
On Fire
Spotify
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