Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Guerra
2. Escravos do Mal
3. PNCDBA
4. Sangue de Minhas Mãos
5. Ilusão
6. Tortura Mental
7. Poder Fracassado
8. Pobre Diabo
Banda:
Elineudo
Morais - Vocais
Fábio Morcego
- Guitarras
Anderson
Frota - Baixo
Acácio Vidal
- Bateria
Ficha
Técnica:
Asmodeus
- Produção
Taumaturgo
Moura - Gravação, Mixagem, Masterização
Iuri
Corvalan - Artwork (capa)
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: https://www.facebook.com/asmodeusce/
Instagram: https://www.instagram.com/asmodeus_ce/
Assessoria: ac.frota@uol.com.br
E-mail:
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
As primeiras
bandas do Metal extremo dos anos 80 tiveram profundo impacto no cenário
brasileiro. Basta ver como SEPULTURA, HOLOCAUSTO,
SARCÓFAGO, MUTILATOR, e outros tantos ostentavam claras influências de
nomes como VENOM, SODOM, DESTRUCTION,
SLAYER, KREATOR, POSSESSED e outros.
E não é de se
admirar que um remanescente dos anos 80, o quarteto ASMODEUS, de Fortaleza (CE) mostre personalidade em “Parabellum”,
seu primeiro registro.
Análise
geral:
O quarteto
surgiu nos anos 80, e esteve em hiato de 1986 até 2015, sem nunca ter deixado
um registro fonográfico. Mas finalmente, o fizeram ano passado, e verdade seja
dita: eles têm o que dizer com seu Thras/Black/Death Metal à lá anos 80.
Embora
influenciados por bandas seminais de Metal extremo como BATHORY, VENOM e DESTRUCTION,
pulsa na música da banda influências da NWOBHM e mesmo do Metal dos anos 70,
dando uma diversidade que funciona bem, e diferente de muitos outros que estão
preocupados em emular os anos 80, isso flui deles de forma espontânea.
Aliás,
diga-se de passagem: que energia a música deles possui, além de uma
agressividade Old School muito bem moldada por harmonias simples e diretas, mas
ótimas.
Arranjos/composições:
Assim como os
mestres do passado, o grupo não faz algo tecnicamente exagerado. Longe disso, a
técnica da banda é simples, mas os arranjos espontâneos de suas canções são
impressionantes de tão pegajosos. Sim, eles são capazes de seduzir os ouvintes.
E mesmo na
simplicidade, os andamentos mostram um conjunto bom e diversificado.
Qualidade
sonora:
A banda bem
que poderia ter tido algo um pouco mais moderno para afiar suas influências. O
som ficou mais cru que o necessário, mas não ao ponto de danificar seus
esforços, ou mesmo de transformar a audição de “Parabellum” em algo
complicado, que necessite de esforços. Não, tudo flui bem, soa bem, embora essa
crueza 80 pudesse ser descartada em prol de algo mais bem delineado.
Já os tons
instrumentais possuem um charme Old School muito bom.
Uma dica ao
grupo: gravem com esses tons instrumentais, mas busquem algo mais definido. Se
puderem, Joel Grind (do TOXIC HOLOCAUST) é um mestre nisso.
Arte
gráfica/capa:
Iuri
Corvalan
assina a capa de “Parabellum”, que é bem simples e direta, mas deixa claro que o
grupo vem disposto a detonar ouvidos e provocar torcicolos.
Destaques
musicais:
Sem querer
traçar referências desnecessárias, o trabalho do grupo poderia ser comparado
aos mestres do KORZUS em “Sonho
Maníaco” e DORSAL ATLÂNTICA em “Antes
do Fim”, ou seja, cantado em português e capaz de deixar os ouvidos apitando.
“Guerra”
é simples, direta e
ganchuda, exibindo um andamento forte e coeso, perfeito para gastar os ossos dos
pescoços alheios, enquanto “Escravos do Mal” mostra aquele
Power/Black Metal de raiz cheio de influências de Hardcore e JUDAS PRIEST, com vocais e guitarras
muito bem colocados. Um pouco mais refreada e melódica é “PNCDBA”, uma
instrumental curta que antecede a veloz e agressiva “Sangue de Minhas Mãos”,
outro Thrash/Black Metal anos 80 em termos sonoros, mostrando vocais agressivos
em tons normais muito bons. Em “Ilusão”, a banda revisita influências
de Hard Rock setentista à lá BLACK
SABBATH e BLUE OYSTER CULT, com
boa presença de baixo e bateria, e embora um pouco mais veloz (e apresentando
boas conduções nos dois bumbos), “Tortura Mental” também tem um toque
de Metal anos 70 muito bom. Agressiva e brutal é “Poder Fracassado”, com
um ritmo levemente cadenciado, criando uma aura Rock ‘n’ Roll sujo á lá MOTORHEAD, o que permite boas melodias
surgirem das guitarras. E bem cadenciada e causticante é “Pobre Diabo”, com riffs
à lá CELTIC FROST muito bons.
Ah, sim: “Parabellum”
pode ser ouvido nas seguintes plataformas digitais.
Soundcloud:
https://soundcloud.com/asmodeus-ce
Conclusão:
Pode-se
aferir que o ASMODEUS consegue com “Parabellum”
recuperar o tempo, mas que venham logo com algo novo.
Os fãs
merecem uma banda assim.
Nota: 8,1/10,0
Bandcamp
Vale citar que a versão física em CD conta com quatro músicas a mais.
ResponderExcluirBoa!
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